Francivaldo Moreira Pontes, apontado como o principal financiador e articulador da quadrilha do “Novo Cangaço” que aterrorizou Confresa em abril de 2023, a 1.160 km de Cuiabá, foi morto nesta terça-feira (26.11) durante confronto com policiais civis em uma ilha na Comunidade de São Pedro de Viseu, município de Mocajuba, no interior do Pará. A informação foi repassada pela Polícia Civil de Mato Grosso.
De acordo com a polícia, foi realizada uma operação policial nesta manhã para recapturar o criminoso, contudo, durante a abordagem, ele fez disparos contra os policiais, que reagiram à agressão. Ele foi baleado, socorrido, no entanto, não resistiu ao ferimento e morreu no local.
Com ele foi apreendida uma arma de uso proibido, um fuzil AK47, e munições do mesmo calibre, em uma ilha no interior do Pará.
Envolvimento com ataque em Confresa
Com os apelidos de ‘Ban’ ou ‘Sangue Bom’, Francivaldo Moreira tinha três mandados de prisão em aberto, e foi apontado como um dos líderes de uma facção criminosa paulista e envolvido no planejamento de crimes violentos contra o patrimônio na modalidade conhecida como “domínio de cidades”.
Investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Delegacia Regional de Vila Rica identificaram que o criminoso estava envolvido na organização criminosa responsável que participou da ação do Novo Cangaço em Confresa, que aconteceu no dia 09 de abril de 2023, quando uma quadrilha com cerca de 20 membros invadiu a cidade para roubar a transportadora de valores Brink's. Durante a ação, eles entraram na base da PM na cidade e atearam fogo em veículos. Apesar de explodirem artefatos dentro da Brink's, eles não conseguiram levar o dinheiro.
Ele foi alvo da Operação Pentágono, em outubro de 2023, que cumpriu 35 mandados contra os investigados pelo ataque criminoso.
O inquérito apurou os delitos de organização criminosa, roubo majorado, incêndio, disparo de arma de fogo, porte de arma de fogo e dano qualificado. Parte dos criminosos presos já foi sentenciada pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá a penas que somam 191 anos de reclusão.
Localização de Francivaldo
Diligências investigativas e troca de informações pelas Polícias Civis de Mato Grosso, Minas Gerais e Pará possibilitaram a localização de Francivaldo Moreira, em uma ilha na Comunidade de São Pedro de Viseu, município de Mocajuba, no interior do Pará.
Ele era investigado também pelas polícias civis de Minas Gerais e do Pará. Em janeiro de 2007, a quadrilha liderada por ele atacou agências bancárias da cidade de São Gotardo, no interior mineiro, e um policial militar foi morto. Na ocasião, o grupo criminoso fez reféns o juiz, o delegado e um promotor e policiais militares da cidade, junto com outras vítimas. Para os assaltos, a quadrilha empregou uma arma de altíssimo potencial destrutivo, um fuzil.50, capaz de derrubar helicópteros.
O criminoso estava foragido do Sistema Penitenciário paraense desde 2015. Em liberdade, ele utilizava diversos nomes falsos, entre eles Renato Barbosa Sousa, Levi Pereira Gonçalves e Ronaldy Leão da Gama.
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