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Polícia Quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2025, 13:42 - A | A

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EXCLUSIVO

Acusado de vender sentenças, Andreson Gonçalves perde 27 kg na prisão e corre risco de morte, revela fonte

Em Mato Grosso, ele foi o único investigado com prisão preventiva decretada. Dois desembargadores acusados mo esquema foram afastadoos do TJMT

Edina Araújo/VGN

O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, 45 anos, preso em 26 de novembro de 2024 por envolvimento em um esquema de venda de sentenças em Mato Grosso e outros Estados do Brasil, enfrenta condições consideradas precárias dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE).

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A reportagem do Portal conversou com uma fonte próxima ao lobista, que revelou, com exclusividade, detalhes sobre sua atual situação no presídio. “Ex-bariátrico, Andreson necessita de uma alimentação diferenciada, com até seis refeições diárias, algumas delas administradas por via endovenosa. No entanto, ele não tem recebido a assistência necessária. Desde sua prisão, já perdeu 27 quilos, e sua condição física vem se deteriorando rapidamente”, confidenciou a fonte ao .

Prisão e Operação Sisamnes

Andreson Gonçalves foi alvo de um mandado de prisão da Polícia Federal (PF) em 26 de novembro de 2024, durante a Operação Sisamnes, que investiga crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.

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Em Mato Grosso, ele foi o único investigado com prisão preventiva decretada. Outros advogados também foram presos por suspeita de envolvimento no esquema, mas não são do Estado.

Além das dificuldades de saúde, a fonte revelou que o lobista está em isolamento restrito, sem acesso ao banho de sol, o que agrava ainda mais seu estado. Diversos pedidos de transferência para outras unidades prisionais foram negados, tanto pela direção do presídio quanto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A justificativa oficial não se baseia exclusivamente na periculosidade do detento, mas no conhecimento que ele possui sobre o esquema em que estava envolvido.

Ameaças e risco dentro do presídio

A situação de Andreson Gonçalves dentro do sistema prisional preocupa seus advogados e familiares. Atualmente, ele está detido em uma ala que abriga integrantes de facções criminosas, o que aumenta os riscos à sua integridade física.

Segundo fontes próximas ao caso, o lobista detém informações privilegiadas sobre operações ilícitas e seus participantes, o que poderia torná-lo alvo de represálias.

“Se ele contar o que sabe, derruba a República. Em todas as instâncias do Judiciário brasileiro, sobram poucos. Mas ele já elaborou um dossiê, entregue à família e aos advogados, como medida de segurança. O esquema envolve nomes influentes”, revelou a fonte.

Apesar das condições precárias e do perigo, não há indícios de que ele esteja negociando uma colaboração premiada. Segundo a fonte, essa possibilidade não está sendo discutida no momento pela defesa.

A rede de venda de sentenças

O esquema de venda de sentenças que levou à prisão de Andreson Gonçalves envolve desembargadores, juízes, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e até do Supremo Tribunal Federal (STF), além de advogados e outros operadores do Direito.

As investigações ganharam força após a morte do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023. A quebra do sigilo telefônico de Zampieri revelou diálogos comprometedores entre ele e Andreson Gonçalves, sugerindo um possível esquema de compra de decisões judiciais envolvendo magistrados e figuras do sistema judiciário.

O caso segue sob investigação, e novas revelações podem surgir a qualquer momento. Enquanto isso, Andreson Gonçalves permanece detido, em uma situação cada vez mais crítica, sem perspectiva de melhora nas condições de sua prisão.

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