A dançarina Thayane Moura, 26 anos, utilizou sua página oficial no Instagram para relatar que foi agredida pelo então companheiro, o investigador da Polícia Civil de Mato Grosso, Walter Luís da Silva Matos, conhecido como Waltinho Produções, 48 anos. O incidente teria ocorrido no último final de semana, em um hotel na cidade de Goiânia, Goiás.
O produtor de eventos chegou a se manifestar por meio de uma nota publicada em sua página no Instagram na última quarta-feira (8). No entanto, após a repercussão do caso, o investigador desativou a conta na rede social.
Confira relato da dançarina
Thayane relatou que as agressões não se limitaram àquela noite específica, afirmando que elas vinham ocorrendo há dias. “Eu tenho mais que o direito de me pronunciar. Wal sempre se faz de vítima. Ele age de uma forma e depois tenta se colocar como vítima. Eu sei quem ele é. Nada melhor do que quem convive para saber quem é a pessoa”, afirmou.
Conforme o relato, Waltinho teria prometido ajudá-la e pediu que ela permanecesse ao seu lado. Entretanto, a dançarina declarou que vem sofrendo pressões psicológicas por parte do investigador desde então. “Todos sabiam do meu trabalho, e ele vivia jogando isso na minha cara. Eu nunca menti para ele sobre quem eu era. Sempre fui honesta e estava disposta a transformar minha vida”, disse.
Thayane acrescentou que, após cada episódio de agressão, Waltinho pedia desculpas, prometendo não agir daquela forma novamente. “Eu acreditava que ele poderia mudar, especialmente porque todos falavam que ele vinha de uma boa família e tinha uma base familiar sólida”, completou. Sobre a briga ocorrida no hotel, a dançarina comentou que Waltinho divulgou nas redes sociais que uma funcionária do hotel o havia defendido, o que ela atribui a suposta manipulação. “Se alguém é ‘comprado’, claro que vai defender o outro. Mas ela foi a primeira pessoa a me ajudar depois que Walter saiu do hotel. Tenho mensagens dela aqui”, afirmou.
Nota postada na página Waltinho Produções
Por meio de nota oficial em sua página no Instagram, o investigador Walter afirmou que todas as notícias são falsas e distantes da realidade.
Confira nota na íntegra:
Diante das últimas notícias inverídicas veiculas nos mais diversos portais, inclusive em rede social, venho, por meio desta nota, com apoio da equipe jurídica responsável, afirmar que todas as notícias são falsas e distantes da realidade
Primeiro, a alegada vítima não se trata de esposa, era minha namorada! Segundo, no dia dos fatos, a recepcionista do próprio hotel em Goiânia/GO compareceu ao quarto e presenciou o desequilíbrio emocional e, sobretudo, as agressões físicas e verbais praticadas pela Sra. Thayane Moura, de modo que eu não reagi e nem mesmo a agredi.
Ademais, os policiais militares que acompanharam à ocorrência são testemunhas fiéis de que eu paguei os serviços de hotelaria e que não deixei a Sra. Thayane Moura desamparada, realizando um Pix de R$ 800,00 (único valor liberado naquele horário via Pix por ter extrapolado o limite diário) muito diferente do que ela diz em suas mídias sociais, o que denota apenas o seu interesse em me difamar, o que será objeto de apuração criminal
Neste momento, não posso passar maiores informações, porém, há dois boletins de ocorrência registrados, inclusive, com a oitiva da testemunha ocular que já narrou as autoridades o que verdadeiramente ocorreu. Sou inocente.
Por fim, quero ratificar a minha idoneidade e ressaltar que estou sendo vítima de uma pessoa que busca apenas dinheiro.
Outro lado - A reportagem do 
entrou em contato pela manhã com a assessoria da Polícia Civil, que informou por meio nota emitida às 13h50, que a vítima compareceu espontaneamente na Corregedoria-Geral da instituição, na segunda-feira (06), para comunicar os fatos, momento em que foi instaurado na unidade corregedora procedimento administrativo para apurar a conduta do policial.
Na sequência, a equipe da Corregedoria acompanhou a vítima ao Plantão de Atendimento à Vítimas de Violência Doméstica e Sexual de Cuiabá, onde ela foi atendida e requereu medidas protetivas em face do policial. A solicitação foi encaminhada ao juiz plantonista e também à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher da capital, que deverá remeter o procedimento à Polícia Civil em Goiânia, local onde os fatos ocorreram.
Reprodução
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