Três homens foram condenados pela Justiça de Mato Grosso por envolvimento em um triplo homicídio ocorrido no bairro Nova Esperança, em Cuiabá, no ano de 2019. A sentença foi proferida na terça-feira (23.04) e soma quase 160 anos de prisão. A investigação conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi determinante para o desfecho do caso.
Inicialmente, cogitou-se que o crime teria sido motivado por disputa entre facções criminosas rivais. No entanto, a apuração da DHPP revelou que as vítimas — três vendedores ambulantes que haviam chegado à Capital há apenas uma semana — foram executadas após serem confundidas com integrantes de uma facção rival.
Segundo a investigação, os trabalhadores foram levados pelos criminosos até uma residência onde passaram por uma espécie de “tribunal do crime”. Lá, foram interrogados e tiveram seus celulares vasculhados. Dias depois, acabaram mortos no mesmo local.
Durante as investigações, quatro suspeitos foram presos em Cuiabá e encaminhados à Penitenciária do Capão Grande, em Várzea Grande. Outros quatro investigados já estavam detidos na Penitenciária Central do Estado, por envolvimento em outro homicídio ocorrido no bairro Jardim Industriário, que teve como vítima Diego Gomes Vilela.
A conexão entre os crimes foi confirmada por meio de confronto balístico, que identificou a mesma arma sendo utilizada nos dois assassinatos. Essa evidência foi fundamental para a condenação dos acusados.
Penas
Rayan Junior da Silva Alvarenga foi condenado a 72 anos de prisão, além de 40 dias-multa. Jonathan da Silva Jorge de Cristo recebeu pena de 65 anos e 30 dias-multa. Já Pedro Henrique Frazão dos Santos foi condenado a 20 anos de reclusão. Todos cumprirão pena em regime inicialmente fechado.
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