O sargento Heron Teixeira Pena Vieira, acusado pela Polícia Civil de ter sido contratado para matar o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Renato Nery, foi transferido na segunda-feira (10.03) para a sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em Cuiabá, segundo informações exclusivas obtidas pelo .
A decisão partiu do juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), no processo sigiloso nº 1003741-48.2025.8.11.0042, de onde também saiu a ordem de prisão do sargento Heron e de outros quatro policiais militares envolvidos no assassinato do advogado. De acordo com informações obtidas pela reportagem, Heron é considerado um "arquivo vivo" e foi removido para garantir sua segurança.
Inicialmente, Heron tentou fugir dos policiais que cumpriam mandados da Operação Office Crime – Outra Face, deflagrada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas acabou sendo entregue à DHPP na última sexta-feira (07).
Anteriormente, a juíza Silvana Ferrer Arruda havia determinado que Heron fosse encaminhado, por orientação do Comandante Corregedor, para a Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Esap). No local, está sendo realizada a formação de cerca de 200 soldados, o que poderia comprometer a segurança do sargento.
As munições e a arma do Estado de Mato Grosso foram usadas no crime, de acordo com exame balístico realizado a partir de uma pistola encontrada em um "falso" confronto policial em Cuiabá.
Além de Heron, o soldado Wekcerlly Benevides de Oliveira, o cabo Wailson Alessandro Medeiros Ramos, o 3º sargento Leandro Cardoso e o policial Jorge Rodrigo Martins também foram presos sob suspeita de envolvimento no assassinato de Nery.
O caseiro de Heron, Alex Roberto de Queiroz Silva, teria sido o executor do crime, utilizando uma arma e uma moto entregues a ele pelo sargento para que pudesse fugir da cena do crime.
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