Não dá para se saber exatamente quantos são os maridos que respeitam o 7º mandamento e são renhidamente fiéis na atualidade, mas se se chegar à quantidade de homens que carregam no coração a raiz da doutrina bolsonarista pelo percentual – como fazem os institutos de pesquisa – aí saber-se-à, por amostragem, quantos companheiros fiés se tem em Mato Grosso e no país.
Pelo menos é como pensa o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que tem o predicado certo para os que já são e aos que tencionam ser ‘bolsonaristas de raiz’. Ou seja: para ser um bolsonarista praticante o sujeito não deve trair a esposa. Mas de jeito algum.
Foi o que ele disse ao se referir ao recente episódio em que o ex-presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, um casado juramentado que ia ao trabalho – conforme denúncias de domínio público – também com a ideia de traçar as coleguinhas, em Brasília. Pelo que considera Catani, ao pecar por desejar a mulher do próximo (esposas, noivas, namoradas...) e trair a companheira, Guimarães se revelou um anti-bolsonarista raiz, pois bolsonarista que é bolsonarista não trai a mulher, tampouco anda dando cantadas em funcionárias subalternas à torto e à direito.
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As razões do conceito catanhista (de Cattani) podem até ter lá algum sentido, mas há o porém de as traições conjugais não serem um desvio de conduta específico dos homens. Há muitos casos que provam que o adultério vem também do lado oposto, motivo para questionar o deputado se é possível, igualmente, identificar mulheres bolsonaristas raiz pelo grau de fidelidade conjugal. Pelo entendimento do deputado, o noivo, para se assegurar da fidelidade da futura esposa, deve perguntar se ela é uma "bolsonarista de raiz".
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