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Meio Ambiente Sábado, 18 de Janeiro de 2025, 08:15 - A | A

Sábado, 18 de Janeiro de 2025, 08h:15 - A | A

corrida do ouro

Morro de Santo Antônio é cercado por pedidos de exploração de ouro

Processos para atividade garimpeira na região incluem pedidos de lavra e pesquisa mineral

Arielly Barth/VGN

O Monumento Natural Morro de Santo Antônio, Unidade de Conservação Estadual, possui duas solicitações de processos para análise de atividade garimpeira na região em torno do Morro. Localizada em Santo Antônio de Leverger, a 34 km de Cuiabá. A Unidade de Conservação tem gerado preocupação desde novembro do ano passado, quando começaram as obras de infraestrutura na região, incluindo a abertura de uma trilha pelo Governo estadual.

A Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) foi primeiramente solicitada em 2018 pela Cooperativa de Extração Mineral de Nossa Senhora do Livramento. Em 2022, houve um pedido de atenção junto à Agência Nacional de Mineração (ANM) para o prosseguimento do processo.

“Esta área que encaminho no anexo é uma importante área mineralizada em Minério de Ouro, e precisa da Publicação da Permissão de Lavra Garimpeira, o que nos proporcionará o início da extração, geração de emprego e renda a uma região carente como a nossa, a cooperativa está empenhada em executar sua função social na região”, diz trecho do documento encaminhado à ANM pela cooperativa.

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Em 2023, a ANM concedeu a permissão para a extração de minério de ouro na região por um período de cinco anos, abrangendo uma área de 3.492,88 hectares, que inclui partes dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande e Santo Antônio de Leverger.

Além disso, foi solicitada a permissão para Pesquisa Mineral, que visa realizar análises e estudos para comprovar a viabilidade da extração mineral na área. O pedido foi feito pela empresa Electrum Capital Pesquisa de Recursos Minerais Ltda.

O geólogo e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Dr. Caiubi Kuhn, conversou com a reportagem do sobre as solicitações de pesquisa e exploração na região. De acordo com o pesquisador, a Baixada Cuiabana possui um grande número de áreas requeridas para esses fins.

Kuhn destacou que o fato de existirem requerimentos de exploração ao redor do morro não implica necessariamente que atividades de mineração serão realizadas na área.

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"Mesmo que o entorno esteja requerido, não quer dizer que vá ser implementado mineração em toda a área. Embora haja autorização para lavra, devido à grande quantidade de propriedades menores, dificilmente ele vai conseguir ser totalmente implementado", explicou.

Ele também ressaltou que a implementação de empreendimentos de mineração precisa levar em consideração os impactos ambientais, especialmente em unidades de conservação.

"Qualquer atividade realizada no entorno de unidades de conservação precisa considerar os impactos ambientais. Isso inclui a avaliação dos possíveis danos à unidade de conservação, com acompanhamento do local e participação da comunidade nas discussões desses processos," explicou.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para compreender a situação dos processos, porém, até a publicação desta matéria não houve resposta. A Agência Nacional de Mineração (ANM) também foi contatada, mas nenhuma resposta foi enviada. O espaço segue aberto.

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