A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Clarice Claudino da Silva, afirmou nesse domingo (1º) que a intervenção na Saúde de Cuiabá não significa ingerência do Poder Judiciário no Poder Executivo da Capital, mas apenas uma “medida amarga” para que volte a funcionar os serviços públicos na rede municipal.
No último dia 28, o desembargador Orlando Perri, deferiu pedido do procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, e determinou intervenção na Saúde de Cuiabá sob alegação de que situação do setor é “dramática”, e que “não se pode aguardar que outras pessoas morram por falta de equipamentos” para que uma medida fosse adotada.
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Clarice Claudino declarou que às vezes cabe ao Poder Judiciário adotar um “remédio amargo” no momento de crise, de dificuldade, como é o caso da Saúde Pública de Cuiabá, para que posteriormente tudo se reorganize e volte a funcionar na sua normalidade. Além disso, a magistrada rechaçou que tenha ocorrido ingerência do Poder Judiciário nas atribuições do Poder Executivo da Capital.
"Às vezes o remédio amargo também cabe a Justiça no momento de crise, de dificuldade até que as coisas se reorganizem. É claro que isso não significa uma ingerência de um Poder no outro, mas apenas uma intervenção pontual para que haja tempo e modo deste rearranjo e uma volta à normalidade no menor tempo possível. E que nós do Poder Judiciário esperamos que aconteça. Que todos se sentem à mesa e resolva esse impasse em prol do benefício público. É o interesse social maior, móvel de toda essa intervenção”, disse a presidente do TJMT.
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