Em audiência de custódia realizada no final da tarde dessa terça (21.02), de forma virtual, Murilo Henrique Araújo de Souza, acusado de ajudar a matar e a ocultar o corpo do assessor parlamentar Wanderley Leandro Nascimento Costa, afirmou ao juiz Ricardo Frazon Menegucci, que foi ameaçado durante sua condução à Delegacia.
O jovem, que completou 18 anos em 15 de fevereiro deste ano, relatou que um homem branco, meio gordinho, com nariz queimado e cabelo grisalho disse a ele que: “não queriam lhe prender, eles queriam lhe matar”. E que ele ficaria vivo somente até encontrar o seu comparsa, Richard Estaques Aguiar Silva Conceição, conhecido como Doti.
As ameaças, segundo Murilo, ocorreram em um carro, o qual era conduzido para a delegacia, em Terra Nova do Norte. Contudo, ele não soube informar se a pessoa era um policial civil ou militar, pois as pessoas que o prenderam não estavam de farda e não mostraram distintivo, apenas armados.
“Eles falaram que eu não merecia ficar vivo, que eu tinha que morrer e falar, não iam me matar enquanto não achar o Doti”, relatou ao contar que depois que chegou na delegacia, não viu mais a pessoa que o ameaçou.
Diante das acusações, o juiz determinou o encaminhamento de cópia das declarações do acusado ao Ministério Público, para apuração de eventual abuso perpetrado contra o custodiado por ocasião de sua prisão.
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Vale destacar que Murilo foi preso tentando fugir em uma “Van” que trafegava sentido Guarantã do Norte. Os policiais encontraram o suspeito desembarcando na “Lanchonete do Gurizinho”, localizada no município de Terra Nova do Norte, instante em que foi abordado. Posteriormente, ele confessou que ocultou o cadáver de Wanderley nas proximidades do “Lixão de Cuiabá”.
A polícia encontrou em poder de Murilo, objetos de propriedade da vítima, tais como cartão de banco e notebook. Diante disso, ele foi preso em flagrante e conduzido até a Delegacia para adoção dos procedimentos cabíveis.
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