O grupo denominado “Muda Senado” se reuniu nesta terça-feira (10.09), para discutir a respeito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga e estudar maneiras de fazer com que o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apoie a investigação.
A senadora juíza aposentada, Selma Arruda (PSL-MT) faz parte do grupo e participou com outros 21 parlamentares da reunião, no gabinete do senador Marcos do Val (PODE-ES).
“Nós estamos trabalhando aqui agora pela CPI da Lava Toga. Estamos trabalhando aqui agora para que o presidente do Senado respeite a voz do povo e respeite as 27 assinaturas que são protocoladas lá, para que sejam respeitadas e resultem na instauração da CPI”, disse a ex-juíza.
A CPI da Lava Toga tem por objetivo investigar condutas ímprobas, desvios operacionais e violações éticas por parte de membros do Supremo Tribunal Federal e de tribunais superiores do país.
Para forçar a instauração, os integrantes do “Muda Senado”, ao fim do encontro de hoje, convocaram a população para participar de uma manifestação em 25 de setembro, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, pois acreditam que, com o apoio popular, Alcolumbre irá mudar de ideia em relação à instauração da CPI.
Parlamentares do Partido Social Liberal (PSL) também são contrários à instauração deste inquérito e, esse é um dos motivos pelo qual a senadora Selma Arruda está cogitando a possibilidade de migrar de sigla partidária. De acordo com nota emitida por sua assessoria, a senadora estaria sofrendo pressão pela derrubada da CPI da Lava Toga, no entanto, ainda assim, ela não irá tirar sua assinatura.
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Para que o inquérito seja instaurado é necessário a assinatura de 27 senadores. Além disso, de acordo com a Agência Senado, essa é a terceira tentativa de Alessandro Vieira (Cidadania-SE) de abrir uma comissão para investigar o judiciário. No início do ano, ele apresentou dois requerimentos para investigar condutas de membros dos tribunais superiores. O primeiro teve assinaturas retiradas depois do protocolo e acabou derrubado. O segundo contou com 29 apoios, mas foi arquivado por Alcolumbre, sob o argumento de que o pedido extrapolava os limites de fiscalização da Casa.
Outro lado
O oticias entrou em contato com a equipe do presidente do Senado, Davi Alcolumbre e, no momento aguarda resposta a respeito do posicionamento do senador.
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