Dois presos escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) na madrugada desta quarta-feira (14.02). Segundo apurações preliminares, os fugitivos escalaram uma luminária, subiram ao teto, cortaram a cerca e pularam. É a primeira vez na história que um presídio federal de segurança máxima do Brasil registra uma fuga.
O Ministério da Justiça suspeita que uma obra no pátio do Presídio Federal tenha diminuído a segurança da unidade, acarretando a primeira fuga do Sistema Penitenciário Federal.
Segundo integrantes do Ministério, por conta da obra, um detector de metais estava desativado e os agentes penitenciários não estavam passando pelo procedimento, então poderia entrar com material que normalmente é proibido.
Quem são os presos
Segundo o Ministério da Justiça, os presos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça (vulgo Querubim, Chapa ou Cabeça de Martelo ou Martelo; e Deibson Cabral Nascimento (conhecido como Tatu, Deisinho ou Deicinho).
Rogério Mendonça é natural de Rio Branco (AC), tem 35 anos e estava preso desde setembro de 2023 no presídio de Mossoró. Deibson Nascimento, 33, também é do Acre e estava no presídio de segurança máxima de Mossoró desde o ano passado.
Como é o presídio
O presídio federal de Mossoró é o único do Nordeste e integra o Sistema Penitenciário Federal (SPF), que teve a primeira unidade inaugurada em junho de 2006 em Catanduva (PR), Ao todo há cinco penitenciárias federais em todo o país, todas de segurança máxima. Além de Mossoró e Catanduva há presídios do tipo em Brasília (DF), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS) . A unidade foi inaugurada em julho de 2009 e tem capacidade para abrigar até 208 presos.
As cadeias do SPF têm projeto arquitetônico semelhante, com cerca de 12,3 mil metros quadrados de área construída. As celas são individuais e possuem 6 metros quadrados, dentro das quais os presos permanecem por 22 horas do dia. Os internos têm direito a banho de sol de duas horas.