Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, primo de três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está entre os alvos da 19ª fase da Operação Lesa Pátria, suspeito de envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília.
Léo Índio já havia sido alvo de mandado de busca e apreensão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em janeiro deste ano.
Ele participou dos atos de 08 de janeiro, tendo na ocasião publicado imagens em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo. Em uma das postagens, Léo Índio aparece com os olhos vermelhos, segundo ele, devido ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar.
Leonardo é um dos investigados no inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar a organização e financiamento das manifestações de 7 de setembro e os ataques ao Supremo Tribunal Federal.
Em 31 de agosto, dias antes dos atos, a subprocuradora-geral Lindôra Araújo pediu ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, que autorizasse a tomada de depoimento de Índio – que deferiu o pedido e também ordenou ao Facebook, Instagram, Twitter e Youtube o bloqueio de suas contas e das chaves PIX divulgadas por ele para arrecadar valores a serem utilizados no financiamento das manifestações.
Importante destacar que Léo Índio é sobrinho de Rogéria Nantes Braga, primeira mulher de Bolsonaro e mãe dos filhos mais velhos do ex-presidente: o senador Flávio, o vereador Carlos e o deputado federal Eduardo. Ele trabalhava na liderança do Partido Liberal (PL) no Senado Federal, mas foi exonerado em julho após ficar meses sem comparecer presencialmente.
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