O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) fez um chamado ao Ministério da Educação para reavaliar o modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), classificando a prova deste ano como "Tortura Marxista" e "Provocativa" devido a enfoques ideológicos. Em sua visão, as questões deveriam ser mais objetivas e menos interpretativas.
Evair, que fez a prova junto com seus filhos, argumenta que a estruturação do conteúdo é preocupante e sugere que todos os alunos deveriam receber nota máxima, dada a natureza interpretativa da prova, deixando a interpretação a critério de cada aluno.
O deputado critica as questões provocativas como "ridículas", abordando temas sociais, ideológicos e religiosos de maneira inadequada. Ele aponta análises negativas sobre a supremacia cultural, vulgarização do corpo, competitividade e perdão, além de elogiar o comportamento do Governo da Coreia do Norte.
Evair questiona a competência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na elaboração das provas e solicita uma revisão do modelo. Durante uma reunião na Câmara dos Deputados, o deputado pediu ao ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, que repensasse a restruturação do ENEM.
Em resposta, o ministro reconheceu a possibilidade de aperfeiçoar os temas e defendeu a importância do ENEM no Brasil. Garantiu que, em 2024, será lançado um novo edital para seleção de elaboradores e revisores do ENEM, respeitando educadores, especialistas e instituições de ensino. O ministro assegurou a ausência de interferência política nos exames do ENEM.
O tema foi discutido durante reunião conjunta das Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Educação; Fiscalização Financeira e Controle na Câmara dos Deputados, onde Evair apresentou requerimentos sobre diversos assuntos, incluindo a última prova do ENEM. Outros deputados, como Zucco (Republicanos-RS) e Capitão Alberto Neto (PL-AM), também questionaram questões relacionadas à prova e discriminação do setor agropecuário.