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Fatos de Brasília Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2024, 09:03 - A | A

Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2024, 09h:03 - A | A

políticas públicas

Anielle Franco cita saúde mental da juventude negra após episódio de assédio e racismo no BBB 24

A ministra ressaltou que a situação de Davi não é um caso isolado, mas sim um reflexo do racismo estrutural que permeia a sociedade brasileira

Carlos Oliveira/Fatos de Brasília

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se manifestou neste domingo (11.02) sobre o caso de racismo e assédio sofrido pelo participante Davi no Big Brother Brasil (BBB) 24. Em suas redes sociais, Anielle denunciou a situação e destacou a necessidade de medidas para proteger a saúde mental da juventude negra.

Vítima de reiteradas ofensas racistas na casa, sobretudo de subcelebridades como os cantores Wanessa Camargo e Rodriguinho, o participante colocou em dúvida se valeria a pena a sua permanência no programa em detrimento da sua saúde física e emocional.

Em vez de oferecer apoio psicológico ao participante, o diretor do programa, Boninho, pressionou Davi a continuar no BBB, ignorando os impactos negativos do racismo em sua saúde mental.

A ministra ressaltou que a situação de Davi não é um caso isolado, mas sim um reflexo do racismo estrutural que permeia a sociedade brasileira. Ela destacou que a juventude negra é particularmente vulnerável aos efeitos do racismo, sofrendo com deslegitimação, desumanização e exclusão, fatores que contribuem para o aumento do índice de suicídio entre essa população.

“O que aconteceu com Davi hoje é o que, infelizmente, acontece com a juventude negra quase todos os dias. Não por acaso ou coincidência, são os jovens negros, majoritariamente homens, com a média de idade do Davi, as pessoas que mais tiram a própria vida no Brasil”, disse a ministra na publicação.

reprodução X

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Anielle disse que o Ministério da Igualdade Racial tem conversado com o Ministério da Saúde para a elaboração de uma política pública de saúde mental focada na população jovem e negra.

De acordo com a ministra, o objetivo de uma nova política pública é evitar casos de suicídio como consequência do racismo, da deslegitimação, da desumanização e da exclusão.

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