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Eleições 2018 Segunda-feira, 03 de Setembro de 2018, 17:00 - A | A

Segunda-feira, 03 de Setembro de 2018, 17h:00 - A | A

Entrevista

Vice diz que não entrou na política para ser cota, mas para ter as mesmas condições que os homens

Adriana Assunção/VG Notícias

VG Notícias

Sirlei Theis

 

A candidata à vice-governadora, Sirlei Theis (PV), pela coligação “A Força da União”, em entrevista ao oticias No Ar nesta segunda-feira (03.09), garantiu que terá papel efetivo na gestão Wellington Fagundes (PR), caso eleito nas eleições 2018.

Sirlei Theis que é advogada e servidora da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), contou que assim que decidiu se filiar ao Partido Verde foi para ter as mesmas condições que um homem: “Eu só entrarei na política se eu não for cota, se for para eu representar um trampolim para homens chegar ao Poder, eu não vou. Conversamos muito, e definimos que eu iria para o partido para ter as mesmas condições que os homens.”

Conforme a candidata, a mesma postura foi acordada com Wellington Fagundes, quando aceitou a proposta de se lançar vice na chapa republicana: “E a mesma coisa ficou definida quando eu iria compor a chapa com Wellington Fagundes”, afirmou Theis.

Segundo ela, Fagundes buscava uma mulher para ocupar a vice-governadoria, mas o principal motivo para escolher seu nome, foi a sua experiência como gestora, advogada e servidora da Sesp.

“Desde o início ele queria ter uma mulher, mas é claro que meus conhecimentos agregaram muito. Ele tem um interesse principal, que está no Plano de Governo dele, - que é cuidar das pessoas-. E com essa experiência que eu tenho, na Gestão Pública, no Executivo do Estado de Mato Grosso, eu administrei uma pasta, na época núcleo sistêmico – era Secretaria de Justiça e de Segurança Pública. Lá passaram dois secretário de Justiça e quatro secretários de Segurança, e nesse período que trabalhei na parte sistêmica, não tive processo nenhum, e os secretários que trabalharam comigo não respondem nada, porque eu cuidei deles, não só de mim, como cuidei deles. Então, eu falo sempre para o Wellington, que na gestão dele, eu vou estar lá efetivamente para cuidar dele e do Estado, porque eu conheço a máquina, eu sei como gerir a máquina, eu sei o que funciona e o que não funciona”, afirmou.

Sirlei Theis pontuou que o principal erro da atual gestão foi não trazer para a gestão o servidor público. Segundo ela, Taques burocratizou a gestão e não deu continuidade nos trabalhos da gestão anterior que funcionava.

“Ninguém melhor que pessoas que estão ali dentro que enxergam no dia a dia, para saber o que está errado para contribuir com a gestão. Eu vejo assim, o principal erro do governo atual foi esse – afastar o servidor público, trazer pessoas de fora que não conhece a máquina, travaram, burocratizaram e nada acontece. Ele desconstruiu tudo que já existia e funcionava, a tendência é isso que está acontecendo. O nosso projeto é dar continuidade naquilo que funciona, ninguém vai querer inventar a roda. Na primeira reunião que participei, com o grupo do Pedro Taques, eu falei – olha, se não mudar o modelo de gestão, não vamos mudar nada”, criticou.

Sirlei relatou que em 2016, saiu em defesa de um projeto de lei que permitiria que o delegado pudesse conceder uma medida protetiva de imediato para a mulher vítima de violência, sem precidar passar pelo Ministério Público e Judiciário. Segundo ela, o processo demora até 48 horas. A “luta” em favor das vítimas de violência doméstica surgiu após também ter sido vítima de violência, Sirlei contou que quase morreu quando um ex-namorado bateu nela com “mão de pilão”.

“A minha família estava em Sinop quando eu vim morar em Cuiabá, eu queria fazer faculdade de Direito, e coincidiu na mesma época em que eu iria entrar na faculdade, de conhecer uma pessoa maravilhosa, um ‘cara super do bem’, inclusive da alta sociedade cuiabana. Embora, eu tivesse presenciado alguns sinais de excessos de ciúme, você acaba relevando por questão social - nós somos criadas para o casamento e não casamos para separar, é para sempre. Eu estava dentro de um relacionamento muito agressivo, ele me bateu com a mão de pilão, quase me matou”, relatou.

Segundo ela, saiu da violência com ajuda dos amigos após a coincidência de ter sido nomeada na Sesp: “Depois desse episódio eu passei por cárcere privado, por exemplo, quando eu fugi pela primeira vez, ele me encontrou no mesmo dia, porque sabia que eu não iria abrir mão do meu sonho que era fazer a faculdade de direito, ele sabia que eu estaria na faculdade. Então, foi uma experiência dolorida, mas graças a Deus consegui sair desse circulo de violência, eu desenvolvi até um câncer de tireoide, porque não podia falar disso, quando eu passei pelo problema do câncer eu entendi que não podia viver aquela vida, ai coincidiu com a minha nomeação na Sesp, onde tive apoio de Delegados e colegas, eu tenho uma dívida com a Segurança Pública, foi onde comecei minha luta.”

Uma das críticas da candidata é o fato das Delegacias da Mulher não atuar em regime de plantão m horários noturnos, feriados e final de semana, momento em que ocorrem mais registros de violência domestica. Segundo ela, na gestão deverá buscar fazer muito mais pelo segmento e ressaltou ainda a importância do Poder Público agir no meio familiar, para ajudar as mulheres superar e no tratamento do agressor.

“Na legislação, a lei Maria da Penha é perfeita, mas o Poder Público não está ali depois para dar suporte a mulher, o Poder Público não está ali para tratar aquele agressor, não é só psicopatia, às vezes o agressor ele doente pelo alcoolismo, muitas vezes o desemprego fomenta para partir para a bebida, e depois bate na mulher, no filho. Se o Poder Público não tirar ele da condição de agressor, ele vai continuar. Então, temos que ter o Poder Público efetivamente cuidando das famílias. Ela pode dar condição para a criança ir para uma escola integral para não ficar presenciando a violência, cursos que ela possa sair”, pontuou.

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