Ao lado do governador Pedro Taques (PSDB), por mais de três anos como vice-governador, o candidato ao Senado pelo PSD, Carlos Fávaro, disse que o tucano não está apto a governar Mato Grosso e por isso seguiu lados diferentes nas eleições deste ano.
Ele renunciou a função de vice-governador em 05 de abril deste ano. Na ocasião, Fávaro justificou que iria renunciar em razão da "missão" dada pelo PSD de construir um novo projeto para Mato Grosso.
“Com muita tristeza, confesso que gostaria que tivesse dado certo, mas com responsabilidade. Ele não se mostrou apto a governar Mato Grosso e eu quero o melhor para o Estado de Mato Grosso” declarou.
De acordo com Fávaro, não dá para admitir mais quatro anos no atraso. “Quero olhar para frente, Mato Grosso é muito rico” destacou.
Ele ainda elencou algumas falhas de Pedro Taques: “Falta de compromisso, prometeu demais e não cumpriu, não teve respeito com o dinheiro público e quebrou o Estado, vamos fazer diferente”.
Quanto a instauração da CPI dos grampos, na Assembleia Legislativa contra o governador, Fávaro garantiu que o PSD não fará pressão para os deputados da sigla votarem favoráveis a instauração. “Cada um tem sua consciência, deputado tem que ter autonomia para tomar suas decisões” ressaltou.
Ao finalizar foi firme em afirmar que quem apoiar Pedro Taques será punido dentro do PSD. “Apoio ao Taques, não vai ver isso acontecer, pois, terá punição, a legislação não prevê infidelidade partidária e com a coligação, eles sabem disso, a Democracia prevalece e eles vão respeitar”.
No entanto, disse que até 31 de dezembro os deputados estaduais do PSD continuam votando com o Governo, pois são da base dele.
Vale lembrar que em convenção realizada na manhã deste sábado (04.08), o Partido Social Democrático (PSD) oficializou a candidatura de Carlos Fávaro, ao Senado Federal, bem como seus suplentes assim definidos: Geraldo Macedo (PSD) e José Lacerda (MDB).
Além disso, a sigla terá quatro candidatos a deputados federais e dez a deputados estaduais.