A candidata ao Senado da República, ex-juíza Selma Arruda (PSL) afirmou nesta sexta-feira (31.08) estar descontente da forma que ela foi tratada pelo PSDB do governador e candidato à reeleição, Pedro Taques, e anunciou que seguirá uma postura de “independência” nas eleições deste ano.
O descontentamento dela diz respeito à divisão do tempo da propaganda eleitoral na televisão e na rádio. O PSDB, do candidato a senador Nilson Leitão, decidiu não dividir de forma igualitária com Selma Arruda.
A coligação Segue em Frente Mato Grosso, de Leitão e Selma dispõe de 1 minuto e 39 segundos para os candidatos ao Senado. Leitão tem 42 segundos e Selma apenas sete. Todos os partidos juntos dispõem de mais 50 segundos que serão divididos igualitariamente, assegurando mais 25 segundos para cada candidato.
Conforme correligionários do PSL que apoiam Selma, o próprio governador Pedro Taques defendeu a tese da divisão de forma igualitária do tempo de propaganda eleitoral aos candidatos ao Senado, porém, isso não ocorreu.
“A partir de agora minha campanha é independente. Só irei pedir votos para os candidatos do PSL”, declarou Selma em entrevista coletiva na tarde desta sexta (31) em um hotel da Capital.
Sobre se o presidente da legenda, deputado Victório Galli, adotaria a mesma postura perante apoio ao Taques e Leitão, Arruda disse que o parlamentar deverá tomar uma posição sobre como o PSL irá caminhar, mas que ela não mais apoiará à reeleição do governador.
“Esse posicionamento é meu, pessoal e não do partido. O presidente do partido, deputado Victório Galli irá adotar a atitude que seja mais conveniente para os candidatos do partido e do PSL. O meu caso é candidato da majoritária é diferente das candidaturas das proporcionais. Essa é uma decisão definitiva”.
Na coletiva, Selma afirmou que sofreu todo o tipo “boicotes e rasteira” por parte do candidato a senador Nilson Leitão.
“Embora chocada com este jogo rasteiro, fiz um esforço para revelar estes atos de lealdade e tentar manter a lealdade da chapa. Porém, minha tolerância tem limite. Refirmo que vim para ser diferente e para fazer a diferença. Mas, do que isso. Não posso tolerar nada que fere meus princípios e que seja incoerente com meu único objetivo de entrar na política: continuar ao combate ao crime de combate a corrupção que tantos prejuízos tem gerado ao povo brasileiro”, afirmou a ex-juíza.
Ela ainda falou sobre o envolvimento de Taques e Leitão nos crimes de corrupção na Secretaria de Estado de Educação (SEDUC/MT), apontados nas delações premiadas do ex-secretário Permínio Pinto e do empresário Alan Malouf, e estes são motivos suficientes para que ela não “suba no mesmo palanque” dos candidatos tucanos.
“Diante das provas documentais que os incriminam, não tem nenhuma condição e nem disposição de permanecer no mesmo palanque”, finalizou.
Outro Lado - A assessoria do governador Pedro Taques disse ao oticias que não irá se manifestar agora, mas que a Coligação Segue em Frente Mato Grosso irá enviar uma nota se posicionando sobre as declarações da ex-magistrada.
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