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Eleições 2018 Terça-feira, 18 de Setembro de 2018, 13:48 - A | A

Terça-feira, 18 de Setembro de 2018, 13h:48 - A | A

ELEIÇÕES 2018

Mesmo impugnados, suplente e Selma bancam campanha

José Wallison/VG Notícias

VG Notícias

Selma Arruda

 

A candidata ao Senado, juíza aposentada Selma Arruda (PSL), recebeu uma doação do seu suplente Gilberto Possamai (PSL) no valor de R$ 210 mil. Gilberto foi denunciado como suposto “laranja”, do ministro da Agricultura, Blairo Maggi  (PR), na compra de uma fazenda de calcário, localizada no município de Rosário Oeste (103 km de Cuiabá), em julho de 2012.

Segundo dados da prestação de contas apresentadas pela candidata ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Possamai realizou duas transferências eletrônicas para Selma. A primeira foi no valor de R$180 mil, no dia 28 de agosto e a segunda foi realizada no dia 6 de setembro no valor de R$ 30 mil. 

As doações de Possamai equivalem a 43% dos R$ 487,6 mil arrecadados pela socialista.

Além das doações do seu suplente, Selma investiu R$180 mil em sua candidatura. Um fato curioso, é que Selma não declarou em sua prestação de contas possuir o valor em espécie, nem o total em conta corrente. Segundo ela informou à Justiça Eleitoral, dos R$1.427.163,13 milhão em bens declarados, entre imóveis, constavam: R$ 52.694,25 depositados no Banco Bradesco, R$ 1.612,32 no Sicoob,R$3.173,05 na Caixa Econômica Federal, R$10,00 em fundo de investimento da CEF e R$ 105,55 na poupança da CEF. Já em aplicações de renda fixa (CDB, RDB e outros), a magistrada aposentada informou ter R$ 229.567,96.

Quanto às despesas contratadas, ela informou R$ 413 mil, sendo que pagas R$ 364 mil.

Vale lembrar, que a candidatura de Selma Arruda é a única entre os 11 candidatos ao Senado que ainda não foi deferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). Isto porque, o registro de candidatura da chapa de Selma foi impugnado pela Procuradoria Regional Eleitoral, se estendendo, inclusive aos suplentes Gilberto Possamai e Clerie Fabiana (PSL), sob alegação de que a segunda suplente (Clérie Fabiana) não teve seu nome escolhido em convenção partidária do PSL, realizada em 4 de agosto.

De acordo com a procuradora Cristina Nascimento de Melo, "ao contrário dos cargos proporcionais, a candidatura majoritária deve ser definida por completo, com a indicação dos respectivos suplentes, na convenção partidária".

Suplente - Em julho de 2012, a fazenda de calcário pertencia a Alain Borges era avaliada em R$ 39 milhões, foi a leilão na Justiça do Trabalho para cobrir dívidas. Na ocasião, foi arrematado por R$ 22,7 milhões pelo então senador Blairo Maggi, mas ele desistiu do lance e sub-rogou o direito de arrematação a Gilberto Eglair Possamai, que arcou com o valor e adquiriu a fazenda.

A Procuradoria-Geral da República chegou a pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal para investigar as condições em que se deram o leilão, com base na manifestação de um juiz segundo o qual Possamai poderia ser “laranja” de Blairo Maggi. Mas o inquérito foi arquivado pelo ministro Luís Roberto Barroso por falta de provas.

De olho no calcário, o herdeiro da fazenda, e os inquilinos para quem alugava as terras, passaram a questionar a propriedade do imóvel na Justiça, com o intuito de anular o leilão e impedir a falência da empresa Cotton King, uma fábrica de tecidos em Cuiabá de propriedade do falecido pai de Alain, que entrou em recuperação judicial e acabou penhorando os bens de Alain Borges, inclusive a fazenda.

Em 2014, entretanto, o empresário brigou com a turma de Alain Borges e decidiu ' alimentar' Possamai com o histórico de conversas de um mês que manteve no WhatsApp com a advogada Cláudia Regina Ferreira, que supostamente intermediava vendas de sentenças no Judiciário mato-grossense.

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