O candidato ao Governo do Estado, Mauro Mendes (MDB) criticou a gestão do governador e candidato à reeleição, Pedro Taques (PSDB) e disse que o tucano “mentiu” para o povo sobre a retomada das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e que agora colocou Mato Grosso em uma espécie de “recuperação judicial”. As declarações ocorreram na manhã desta quarta-feira (15.08), em entrevista ao oticias No Ar.
Mendes afirmou que antes do ser eleito em 2014, Taques declarou que iria retomar as obras do VLT, e em meio essas declarações, o tucano afirmava que as obras do modal era o maior “escândalo de corrupção” da história de Mato Grosso. Porém, ao assumir o governo, Pedro não cumpriu com o que havia prometido, o que, segundo ele, demonstra “incompetência” do governador.
“O VLT é um grande, grave problema, e é uma das marcas da incompetência desta administração. Porque três anos e meio e até hoje eles não sabem o que fazer. Já anunciou várias vezes que as obras seriam retomadas, e nada aconteceu, ou seja, mentiu para população. Ficou dois anos negociando com uma empresa que o próprio governador disse que era o maior escândalo de corrupção de Mato Grosso. Se ele, governador, disse isso, porque ficou dois anos perdendo tempo negociando com esta empresa a retomada da obra? Não sabia que tinha praticado corrupção?” questionou o democrata.
Na entrevista, Mauro Mendes criticou Taques por ter publicado um decreto que permite o pagamento em até 11 vezes das empresas credoras do governo e cujas dívidas sejam de “restos a pagar”. A medida, segundo o Decreto nº 1.636/2018, valerá para os credores que tiverem interesse em negociar com o Governo do Estado, e as parcelas serão pagas com prazo e valores a combinar.
“Ele colocou o Governo em recuperação judicial. Me parece, eu não sou jurista, que é ilegal. Ele não negociou com ninguém, ele não acordou com ninguém unilateralmente. Me parece, que o que aconteceu ontem foi uma recuperação judicial autoritária”, disparou Mendes, exemplificando que quando suas empresas entraram em recuperação judicial, em 2015, foi realizado uma assembleia com os fornecedores aonde é feito um acordo para negociação das dívidas.
O democrata ainda alfinetou o governador em relação as declarações dele (Taques) em “apontar erros da gestão passada”. “Culpar os outros é muito fácil, para não olhar para dentro e assumir as próprias responsabilidades”.
Em relação a ter o ex-senador Jaime Campos (DEM), o ex-governador Júlio Campos (DEM), Otaviano Pivetta (PDT) e o deputado federal, Carlos Bezerra (MDB), no seu palanque, Mauro disse que é “bom para ele ter esses apoios”.
“Eu até prefiro pessoas que tenho que segurar elas, do que ter que arrastá-las. Prefiro trabalhar com gente competente, com personalidade, experiência, do que trabalhar com um bando de pessoas que eu tenho que estar arrastando e puxando o tempo todo”, disparou.
O democrata afirmou que caso seja eleito, todas essas autoridades políticas terão seu espaço. “Não precisa ser eu a estrela deste grande negócio. Preciso que cada um respeite o seu espaço, respeite o meu e nós vamos respeitar do cidadão e do nosso servidor público. Tem espaço para todo mundo que queira trabalhar e ajudar Mato Grosso."
Na entrevista, o candidato ainda criticou as pessoas que fazem da “política” uma profissão e ficam perpetuando no poder por meio da reeleição.
“Sempre critiquei os políticos carreiristas, aqueles que vivem de mandato após mandato, fazendo da política uma profissão. Política para mim é uma contribuição, que doo e depois volta para minha vida. Não quero ser político carreirista, como tantos estão aí na política a tantos anos vivendo, sei lá como, só de política”, disse o democrata, ao citar que não pretende disputar a reeleição caso seja eleito governador nas eleições deste ano.