O ministro Blairo Maggi (PP), em entrevista nesta segunda-feira (06.08), declarou que os motivos que o levou a encerrar a vida pública e não disputar as eleições 2018, foram pela ausência familiar e o desgaste com a delação do ex-governador Silval Barbosa, que o acusou de participar de um esquema de corrupção no Estado.
Silval foi vice-governador de Maggi entre 2003 e 2010 e depois com seu apoio se elegeu em 2011. Barbosa acusou Maggi de pagar o ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes, para mudar um depoimento.
“Além do aspecto pessoal em que você fica muito tempo afastado da família. Também não podemos esconder a própria delação do governo Silval é uma coisa acabou judiando muito, e fez com que eu repensasse muito isso também. Se vale ou não vale a pena você fazer todo esse enfrentamento”, relatou o ministro.
Blairo citou que mesmo fora da empresa, a vida pública expõe os negócios familiares. Segundo ele, sofre de PPE- Pessoa Politicamente Exposta.
“Minha proposta é encerrar, essa é minha proposição, minha vontade e até a minha necessidade. A política, nos últimos ano,s está sendo muito depreciada e para quem tem negócios, uma empresa como eu tenho, que está inserida não só no Brasil, mas como fora do Brasil, eu não estou no comando da companhia mas sou um dos acionistas, isso tem criado muitas dificuldades, hoje chama se PPE – Pessoa Politicamente Exposta.”
Na ocasião, Maggi garantiu apoio ao compadre Adilton Sachetti (PRB), candidato ao Senado, na coligação do senador Wellington Fagundes (PR), candidato ao Governo do Estado. Blairo também prometeu trabalhar para eleger os correligionários Neri Geller (PP) e Ezequiel Fonseca (PP), ambos, candidatos a deputado federal.
A declaração ocorreu durante o seminário “Ferrovias: o Brasil passa por aqui” realizado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em parceria com a Federação das Indústrias de Mato Grosso (UFMT) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).