O ex-vereador de Cuiabá e pré-candidato a deputado estadual, Lúdio Cabral (PT) relatou ao oticias no AR, nesta quarta-feira (25.07), que a decisão pela sua pré-candidatura a deputado estadual foi definida pelo partido, após o PT entender que ele (Lúdio), não conquistaria votos suficientes para disputar uma vaga na Câmara Federal, nas eleições de 2018.
Lúdio explicou, que o PT não conquistaria a vaga por não alcançar o quociente eleitoral pela coligação formada, a qual veta os partidos que em 2016 votaram a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ou, que contribuíram nos últimos dois anos com a administração do presidente Michel Temer (MDB).
“Nós só teríamos condições de eleger um deputado federal nessa aliança com esses partidos. E se eu não vejo sentido nisso de estarmos em uma chapa para deputado federal nos posicionando, por exemplo, contrários a reforma trabalhista, tendo ao lado deputados e candidatos que defendem, então, não teria muita coerência nisso. O PT sozinho, tendo uma aliança mais a esquerda, teria dificuldade de alcançar os votos, o quociente para eleger um deputado federal, ou seja, 150 ou 160 mil votos”, afirmou.
Entre as coligações de sua preferência, o petista afirmou defender a união com o PCdoB, que apresenta como pré-candidata ao Senado da República, a professora Maria Lúcia Cavali Neder e como pré-candidata ao Governo de Mato Grosso pelo PT, a professora da UNEMAT, Edna Sampaio.
“Eu sinceramente adoraria uma aliança entre PT e PC do B, com Edna governadora e a Maria Lúcia senadora. Eu, o meu desejo seria PT e PC do B juntos nessa eleição, porque nós apresentaríamos um projeto alternativo para a população no Estado”, defendeu.
No entanto, Lúdio admitiu que uma parte dos petistas defendem uma coligação com o senador Wellington Fagundes (PR): “O PT fez um movimento de aproximação com o PR, com o senador Wellington Fagundes, que também é pré-candidato ao Governo, fez isso em um momento em que o PT não apresentava nomes, não apresentava alternativas para disputa a majoritária, então, construiu uma relação com o PR. Há inclusive uma parcela do próprio PT que defende essa aliança com Wellington Fagundes, por uma formação de chapa mais ampla”, pontuou.
Quanto à situação do PT Nacional, Lúdio Cabral mantém a defesa da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo preso na Superintendência da Polícia Federal.
“O Lula tem quase 40% das intenções de votos da população brasileira. Aqui em Mato Grosso, que é um Estado conservador, há poucos meses atrás nós tivemos acesso a uma pesquisa encomendada pelo DEM, dando 34% das intenções do voto para o Lula. Essa memória positiva do período que Lula governou em contraste com a crise após impeachment da presidente Dilma faz o Lula ter essa intenção de votos, mesmo preso. Então, como o PT vai virar as costas para essa realidade? O PT tem que insistir na candidatura do Lula e tencionar o Poder Judiciário que está contaminado pela política.”