Os diversos ataques no rádio e na televisão do candidato Mauro Mendes, do Democratas, contra a candidatura a governador de Wellington Fagundes, da coligação “A Força da União”, foram apontadas pela Justiça Eleitoral como ‘inverdades’. Por isso mesmo, o democrata foi proibido de continuar a veicular as mensagens durante horário de propaganda eleitoral. A decisão é do juiz auxiliar da propaganda eleitoral, Mario Roberto Kono de Oliveira.
Em seu espaço no radio e na televisão, Mauro Mendes tenta denegrir a imagem do seu adversário – contra quem deve disputar o segundo turno das eleições – ao trata-lo como réu no Supremo Tribunal Federal e elevação de patrimônio durante a vida pública. Diz que Fagundes foi condenado por improbidade administrativa e que também é acusado de receber propina da JBS.
A defesa do Wellington sustenta que o candidato a governador não é réu, mas sim investigado em ação no STF – cujo processo estaria em fase de inquérito. A ação criminal refere-se ao caso ‘Sanguessuga’, arquivado na esfera civil há mais de 11 anos por não ter sido apresentado qualquer conexão entre a denuncia e o fato.
A propaganda de Mauro Mendes também mentiu ao tratar dos bens do candidato da coligação “A Força da União”. Na declaração de bens de Wellington Antônio Fagundes consta que o seu patrimônio era, em 2006, de R$ 4.394.203,095 e não R$ 681.428,03. “Esse fato, por si só, demonstra que a propaganda do candidato Mauro Mendes se pauta pelas ‘inverdades’ com o intuito de enganar o eleitor para coloca-lo contra o candidato Wellington Fagundes” – ressaltou Gilmar de Moura, jurídico da campanha.
Na ação que resultou na suspensão da propaganda irregular, a defesa de Wellington ainda pediu a concessão de direto de resposta, a ser julgada no mérito, após produção de provas. “Acredito que vamos receber esse direito da Justiça Eleitoral porque está muito clara a intenção de macular a imagem do candidato a governador, numa clara demonstração de preocupação com os resultados” – acentuou Gilmar.
Desde seu avanço em todas as pesquisas de opinião, Fagundes passou a sofrer diversos ataques dos adversários. Último candidato a formar alianças e começar campanha, o republicano segue em processo de ascensão na opinião dos eleitores. Apesar dos números divergentes de instituto para instituto, a tendência mostra que Fagundes deve ser o segundo o colocado neste primeiro turno. O próprio candidato tem manifestado grande otimismo, especialmente com a redução da diferença na Grande Cuiabá, onde tem concentrado suas atividades de campanha na ultima semana.