O candidato ao Senado da República, Carlos Fávaro (PSD), pela coligação "Pra Mudar Mato Grosso", em entrevista ao oticias No Ar nesta terça-feira (21.08), relatou que assumiu entusiasmado a vice-governadoria, mas desanimou quando percebeu que o governo Pedro Taques (PSDB) não tinha o espírito coletivo.
“No primeiro momento eu cheguei entusiasmado, com a vontade de colaborar com minha experiência da vida privada, de buscar soluções coletivas com criatividade. Que um Estado rico como Mato Grosso, mas com muitos desafios e dimensões continentais tem que fazer o dinheiro render e o povo mato-grossense tem esse espírito coorporativo, mas, na medida em que o tempo foi passando, eu vi que não era esse o espírito do governador.”
Ainda sobre seu período no governo, Fávaro criticou as políticas de incentivos fiscais da atual gestão, segundo ele, a Secretaria de Fazenda do Estado prejudica a instalação de indústria no Estado.
“Hoje os empresários têm medo de vir para Mato Grosso, tem uma Secretaria de Fazenda, pesada, burocrática, que muda as regras no meio do jogo, os incentivos fiscais também mudam as regras no meio do jogo, isso tudo precisa mudar, tem que ser clara e transparente. Quando estive à frente da Secretaria de Meio Ambiente procurei mudar, eu também era uma Secretaria atrapalhadora - licenças não saem, demoram - procurei mudar e fiz isso a contento.”
Conforme Fávaro, o Estado precisa desburocratizar e o melhor nome para mudar é o candidato da coligação, o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (DEM), segundo ele, pela experiência como empresário e gestor de Cuiabá.
“Precisa de conjunto de obras para que nós possamos atrair mais empresas e verticalizar a nossa produção, oferecer produto e valor agregado ao cidadão, não é fácil, mas é possível, mas com muita determinação, e um governador que entenda disso, o Mauro Mendes é empresário, sabe a necessidade da indústria para poder se instalar em Mato Grosso e com a bancada federal, senadores e deputados estaduais e federais comprometidos com o Estado de Mato Grosso, certamente podemos mudar esse cenário.”
Carlos Fávaro também opinou sobre o estatuto do desarmamento: “Eu sou a favor de que os brasileiros possam ter arma de fogo, mas com critério para estabelecer. Nós não podemos delegar ao cidadão fazer Justiça com as próprias mãos, segurança pública é papel do Estado, eu sou contra de quem fica fazendo política, conversa fiada, dizendo que vai dar uma arma para cada um, fuzil para cada fazendeiro, para ele impedir invasão em suas terras, sou contra fazer Justiça com as próprias mãos.”
Ao opinar sobre o aborto, Carlos Fávaro ressaltou ser cristão e por isso é contra. Ele defendeu que a legislação do aborto precisa ser rediscutida para punir também o homem. “Agora o aborto precisa ser rediscutido também no Brasil. Eu nunca vi nenhum homem ser punido por ter praticado um aborto, o homem é o grande indutor da mulher, quando ele abandona a sua companheira, quando abandona aquele seu filho que está sendo gerado, ele cria uma paranoia na cabeça da mulher, ele induz a ela cometer o aborto. Mas a culpa, a responsabilidade fica para a mulher, a mulher precisa ser amparada.”