VG Notícias
Desde quando foi eleito em outubro de 2014, o governador Pedro Taques (PSDB) perdeu vários aliados políticos, inclusive, os que lhe ajudaram a se eleger ao Governo do Estado. O tucano atribuiu o “alto índice” de afastamento de “companheiros” ao poder de influência que os ex-aliados acharam que teriam sobre ele.
Segundo ele, muitos aliados lhe abandonaram porque queriam mandar em sua Gestão. “Muitos companheiros que estavam comigo na eleição passada me abandonaram! Sabe por quê? Pensaram o seguinte: eu vou ajudar eleger o Pedro Taques, eu vou mandar. Mas, quem foi eleito governador do Estado de Mato Grosso, para decidir, sou eu. Eu ouço as pessoas, eu diálogo com as pessoas. A decisão é daquele que o cidadão confiou, por isso eu sou o governador”, afirmou o tucano durante entrevista à Rádio Difusora Bom Jesus de Cuiabá, nesta quarta (11.07).
Taques mandou recado aos descontentes: “Algumas pessoas não gostam de mim, e é bom que não goste, porque não gosto de coisa errada, eu não sou - Maria-vai-com-as-outras -, eu não sou aquela vaquinha de presépio. ”
Sobre disputar a reeleição, o governador manteve as declarações anteriores e reafirmou que tratará o assunto somente nas convenções. “Eu quero bem administrar Mato Grosso! É natural que um governador tente a reeleição, aliás, todos os ex-governadores, a partir do momento que a emenda alterou a Constituição e permitiu à reeleição, foram candidatos, é normal que um governador seja candidato. Mas eu não estou pensando nisso ainda, vamos deixar a reeleição para daqui há 20 dias, quando ocorrer as convenções. ”
Questionado sobre os motivos que o estimulou a participar do jogo político, levando em consideração o futuro inserto de uma disputa eleitoral, Taques foi enfático ao responder que os motivos foram ajudar as pessoas.
“Primeiro ajudar aquele que mais precisa, olhar para o pequenino como diz Dom Bonifácio, olhar para o mais humilde, por isso eu sou político”, disse o governador.
Durante a reflexão sobre política, o tucano citou frases do Papa Bento XVI e defendeu a honestidade do político.
“Política significa aquele que se preocupa em ajudar os outros, depois resolver suas coisas particulares, isso é política. Política não é para ficar rico, eu não fiquei rico na política, eu tenho o mesmo patrimônio de quando deixei o Ministério Público Federal, a minha família não ficou rica na política, eu não quero ser político para ganhar dinheiro”, afirmou.
