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Eleições 2018 Sábado, 28 de Julho de 2018, 11:00 - A | A

Sábado, 28 de Julho de 2018, 11h:00 - A | A

Comparações com o pleito 2018

Essa lenda não vai pegar, diz Júlio Campos sobre derrota de 98

Adriana Assunção/VG Notícias

VG Notícias

Júlio Campos

 

O ex-governador Júlio Campos (DEM), afirmou ao oticias que não teme que sua derrota nas eleições de 1998, ao governo do Estado, se repita nas eleições de 2018. Na época, Júlio Campos que liderava as pesquisas, se aliou ao PMDB (hoje MDB) e foi derrotado pelo então candidato à reeleição, governador Dante de Oliveira (PSDB) - falecido em 2006.

Júlio lembrou que na época, Dante de Oliveira disputou pela primeira vez no país uma reeleição e utilizou da máquina e dos aliados Nacionais para influenciar o resultado.

“O processo de 98, em que eu fui diz que vítima, não tem nada haver com o processo de 2018, são 20 anos transcorridos, e aquela coligação foi muito estapafúrdia, porque quando o PMDB, hoje MDB, resolveu coligar com o DEM, na época PFL, nós estávamos realmente muito bem na pesquisa, no decorrer da campanha a força do governo Dante de Oliveira, com todo poder do governo do Estado, com apoio do governo Federal, de Fernando Henrique Cardoso, que era 45, e ele também 45, influenciou”, contextualizou o Democrata.

As declarações de Júlio Campos se devem as recentes comparações deste pleito, já que o DEM, com a pré-candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes se aliou novamente com o MDB do deputado federal Cartos Bezerra. E as coincidências entre as disputas de 1998 e 2018 não param por aí, desta vez o adversário do Democratas é outro tucano, o governador Pedro Taques, que também segue à reeleição e também conta com a força da máquina. Outra comparação também lembrada é o fato do governador, assim como Dante, na época, ter um alto índice de rejeição nas pesquisas de intenção de voto.

Sobre as comparações, Júlio, durante uma breve volta ao passado, explicou que a virada do PSDB na época, aconteceu pelos seus aliados terem sido “comprados” no decorrer da campanha.

“Os projetos que o Dante tinha, a adesão de vários prefeitos com convênios, a exemplo da Prefeitura de Barra do Garças, que recebeu na época R$ 2 milhões para fazer uma praça e o prefeito Lindberg de Poxoréo recebeu R$ 1 milhão para fazer uma obra, então, começou a dissidência, os meus aliados foram cooptados, comprados fica um termo feio, então cooptados no decorrer da campanha, isso estragou e influenciou.”

Campos citou que desta vez é diferente, o momento é outro. Segundo ele, o MDB está apoiando o DEM sem exigir nada, no entanto, também não citou qual foi à exigência do PMDB na época: “Desta vez é diferente, o PMDB está vindo apoiar o Mauro Mendes apenas na proporcional, vai apoiar na majoritária sem exigir nada, quer dizer não há por que temer essa possiblidade (derrota)”, garantiu.

Outra justificativa para a aliança, pontuada pelo democrata, foi que não há rivalidade de Mauro Mendes com o partido do deputado federal Carlos Bezerra (MDB). “Além disso, o Mauro nunca teve essa rivalidade com o PMDB, nós tínhamos naquela época em uma disputa de muitos anos - Júlio e Bezerra -, depois unimos. Já mauro nunca disputou com Bezerra, nunca teve nenhuma dificuldade, pelo contrário, quando ele foi prefeito de Cuiabá ele foi apoiado pelo MDB de Carlos Bezerra, na Câmara Municipal, teve participação na administração dele, quer dizer então, o momento é outro, é diferente, o quadro é outro, essa lenda não vai pegar”, garantiu.

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