As direções Nacionais dos partidos políticos estão priorizando, neste primeiro momento, candidatos de “renome” que buscam uma vaga na Câmara Federal e deixando de lado candidatos desconhecidos no pleito eleitoral em Mato Grosso.
Conforme levantamento na Justiça Eleitoral, os partidos estão investindo milhões em alguns candidatos e não repassando nenhum valor para outros, como por exemplo o MDB do presidente da República, Michel Temer, e que tem como candidato à presidência, o ex-ministro Henrique Meireles.
Em Mato Grosso o MDB lançou seis candidatos ao cargo de deputado federal, sendo que dois deles tentam à reeleição: Carlos Bezerra e Valtenir Pereira. Estes candidatos receberam R$ 1,5 milhão (cada) de doação de campanha da Direção Nacional do MDB. A sigla repassou o mesmo valor (R$ 1,5 milhão) ao candidato Rogério Silva de Tangará da Serra.
Porém, a legenda não destinou nada ainda para o ex-prefeito de Sinop e candidato a deputado federal, Juarez Costa, e nem para duas candidatas mulheres do MDB: Elenilza Pereira e Mylene Lustosa.
O Partido Progressista (PP), que tem apenas dois candidatos a deputado federal, sendo eles: Ezequiel Fonseca (que busca a reeleição) e Neri Geller, efetuou doações milionárias aos seus candidatos. Fonseca recebeu R$ 1.921.640,00 milhão, enquanto que Geller, o PP Nacional repassou R$ 1 milhão.
A Direção Nacional do PR, que tem como candidato a governador Wellington Fagundes, lançou professor Bispo e Eliene Lima para concorrer ao cargo de deputado federal. Para Bispo a Executiva Nacional repassou R$ 938 mil, já Lima recebeu R$ 500 mil.
Mesma situação aconteceu com o PT de Lula e PTB do ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo. Os petistas lançaram apenas duas candidatas para concorrem a Câmara Federal, sendo elas: a ex-secretária de Educação do Estado, Rosa Neide Sandes e Edna Sampaio. Para alavancar suas campanhas em Mato Grosso, o PT Nacional repassou R$ 413.250,00 mil para Rosa Neide, e R$ 37.250,00 mil para Edna Sampaio.
Já no PTB, que tem como candidatos: Emanuelzinho (filho do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro) e Idele Rodrigues, a distribuição dos recursos foi totalmente desproporcional. Enquanto que o filho de Pinheiro recebeu R$ 1 milhão do PTB Nacional e mais de R$ 100 mil do PTB Estadual; Rodrigues recebeu a doação de apenas R$ 155 mil por parte da Executiva Nacional do PTB.
Outro caso de desproporcionalidade ocorreu por parte dos candidatos do PSB ao Congresso Nacional. O partido lançou cinco candidatos a deputado federal, mas apenas dois receberam doações por parte da Direção Nacional da legenda.
A servidora pública Marildes Ferreira, que concorreu como vice-prefeita de Rondonópolis na chapa do ex-governador Rogério Salles nas eleições de 2016, recebeu a doação de R$ 600 mil por parte da Executiva do PSB Nacional; enquanto que o vereador de Várzea Grande, Ícaro Reveles, recebeu R$ 50 mil.
O PSL do candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, lançou cinco candidatos a deputado federal em Mato Grosso, sendo que destes, apenas Victório Galli (presidente estadual da legenda) - que disputa à reeleição, recebeu doação por parte da Executiva Nacional no valor de R$ 500 mil.
Situações semelhantes pelos candidatos a deputado federal do PSDB - do governador e candidato à reeleição Pedro Taques -, e do DEM -, do candidato Mauro Mendes.
O PSDB lançou cinco candidatos a deputado federal, mas até esta segunda-feira (10.09) apenas a candidata de Várzea Grande, Nicinha recebeu doação de campanha por parte da Direção Nacional tucana no valor de R$ 150 mil, deixando de lado, por exemplo, o candidato Vander Masson, filho do deputado estadual Saturnino Masson.
Já a Direção Nacional do DEM efetuou apenas a doação de R$ 200 mil para o candidato Adriano Silva, apesar de ter outros dois candidatos a deputado federal.
Nas eleições de 2018 são disputadas oito vagas na Câmara Federal reservadas para Mato Grosso.
Vale destacar, que partidos políticos e candidatos tiverma até o dia 9 de setembro para enviar à Justiça Eleitoral, por meio do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE), a prestação de contas parcial de campanha.