Pela 5ªº eleição consecutiva cerca de 200 pessoas que fazem parte da Associação Política Jovem (APJ) devem reunir às 5h da manhã nos principais colégios eleitorais de Cuiabá deste domingo (07.10), mas não é para serem os primeiros a votarem, e sim para limparem os santinhos jogados pelos candidatos a cargos políticos que desrespeitam a legislação, sujam as ruas com o intuito de cometerem boca de urna, a data é marcada como o “Dia da Limpeza”.
O advogado Daniel Scaravelli participa da APJ desde que ela foi fundada em 2010, e desde então tem marcado presença em todos as ações de limpeza, em mãos ele carrega as vassouras, sacos plásticos e na mente a certeza de estar contribuindo com a sociedade.
“Além de limparmos, buscamos conscientizar as pessoas de que essa pratica é arcaica é feia, retrograda a gente tem que ter ações novas na política e por isso, desde 2012 realizamos este dia da limpeza. Nossa intenção também é coibir esse tipo de pratica criminosa. Infelizmente muito eleitores que estão indecisos acabam pegando o santinho do chão e ajuda a eleger o porcalhão que sujou o chão”, afirma.
O candidato a Deputado Estadual Faissal Calil (PV), é o presidente fundador da entidade e idealizador do “Dia da Limpeza”, segundo o pevista a medida já está consolidada na capital mato-grossense e agora deve ser realizada em diversas cidades do Estado.
“Recebemos pedidos de vários cidadãos de todas as partes de Mato Grosso que têm consciência eleitoral e ambiental e querem aderir voluntariamente ao Dia da Limpeza. Não temos esse tipo de atitude em nossa campanha e vamos combater aqueles que fazem isso. Além de sujar os locais de votação, os papéis podem ocasionar acidentes, a pessoa tá distraída e aí escorrega nos santinhos”, ressalta.
Faissal relembra que em 2016 foram recolhidos cerca de três toneladas de papel, todo o material recolhido foi destinado para a reciclagem.
O derrame de materiais de campanha eleitoral na porta dos locais de votação, na véspera e no dia da eleição é crime. A ação está inserida no crime de boca de urna, onde a multa varia de R$2 mil à R$8 mil por propaganda indevida a pena de seis meses a um ano de detenção mais multa de 5 mil Ufirs, por crime eleitoral.