O PDT está dividido. Um grupo quer se manter na coligação do Democratas, outro, formado pela maioria de pré-candidatos quer se aliar ao republicano Wellington Fagundes.
A reunião com as bases do PDT que acontece no Hotel Fazenda Mato Grosso, na manhã deste sábado (28.07), está quente – e a imprensa está proibida de participar das reuniões que ocorrem de portas fechadas. Simultaneamente, acontece duas reuniões fechadas e com discussão acalorada. Em uma delas, com os diretórios municipais de todo Estado e outra, apenas os pré-candidatos.
O deputado Zeca Viana, antes de entrar na reunião conversou com o oticias, e disse que tinha alertado o ex-prefeito de Cuiabá, pré-candidato ao Governo, Mauro Mendes para não se filiar no DEM, e se ele (Mauro) tivesse ouvido, hoje o PDT não estaria nesta situação de conflito e Mendes era o candidato da sigla. Porém, Viana disse que o PDT deve seguir mesmo com Mauro Mendes. "Está alianhado, depois desta reunião vamos ter um posicionamento mais firme, mas não tem muito o que mudar não, devemos seguir com Mauro mesmo."
Zeca também criticou o colega Alan Kardec, afirmando que o parlamentar ainda continua “muito petista”. Ele também disparou contra o ex-juiz federal Sebastião Julier, alegando que o ex-magistrado não participa de reunião e depois fica “fazendo vídeos e reclamando.”
Já o deputado Alan Kardec disse que o PDT não se reúne para tomar decisões. Neste momento o clima é quente e os ânimos estão bastante exaltados entre os pedetistas.
Atualizada em 10h40min - O ex-prefeito de Lucas do Rio Verde Otaviano Pivetta chegou agora há e disse que é " soldado do partido" e o que decidirem ele acata. A imprensa somente teve acesso a convenção, após a chegada de Otaviano Pivetta.
Atualizada 11h08- A sobrinha do deputado Zeca Viana, Renata Viana, pré-candidata a deputada federal, disse em seu discurso que o PDT era melhor tratado no Governo de Silval Barbosa do que no atual Governo de Pedro Taques.
Atualizada em 11h48 - O pré-candidato ao Governo de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), chegou há pouco na convenção do PDT. Sobre a possibildiade de Otaviano Pivetta se lançar pré-candidato ao Governo do Estado, com chapa única, Mauro Mendes disse que "eu não faço aálise em cima de conjecturas, na política tem muitas ideias, muuitas conjecturas. Eu traalho com realidade. Um pessoa que pretende ser governador um candidato ao Governo não pode ficar analisando centenas de possibildiades e conjecturas. cada um tem o direito de pensar e até dizer aquilo que pensa . Agora, eu trabalho com a possibildiade mais concreta de que foi essa de nosssa candidatura ao lado do PDT e ao lado do Pivetta. A realidade de Mauro Mendes é com Pivetta. Sempre foi e nunca deixei de dizer isso," declarou.
Quanto a situação com Adilton Sachetti, pré-candidato ao Senado, Mendes disse que "são águas passadas". "Eu já conversou com Sachetti e continuamos amigos, companheiros, e ele está tentando construir o projeto dele. Infelizmente, eu não tinha duas vagas e já foi definido, são águas passadas, bola pra frente."
Sobre a decisão de optar pelo ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) para a segunda vaga de senador na chapa do Democratas, Mauro Mendes disse que foi uma decisão já tomada "por muitos elementos, e foi uma decisão segura tomada por mim e por outras pessoas que estão ao nosso lado".
Questionado sobre as declarações do cabo Gerson que apontou o governador Pedro Taques (PSDB), como beneficiário do esquema de grampos ilegais, Mendes disse que é lamentável. " Eu sempre considero lamentável que nossas autoridades se envolvam neste tipo de escândalo que traz enorme prejuízo, mas ele que tem que se explicar, não sou eu", disse.
Ainda sobre os grampos, Mendes considera acusação muito grave e diz que vai demandar explicações "muito convincentes". "Crimes contra a democracia são sempre muito ruins, a invasão da privacidade e desrespeito ao limite da privacidade com certeza isso comprometem a imagem de qualquer pessoa, principalmente daquelas que ocupam cargos públicos. Então, tenho certeza que todos terão direito a se explicar, mas me parece uma acusação muito grave e que vai demandar certamente explicações muito convincentes irreperável na carreira daqueles que estão sendo acusados."