Os candidatos às eleições de outubro de 2018 já gastaram R$ 17 milhões com a campanha virtual, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os candidatos investiram na produção de conteúdo para as redes sociais.
O uso das redes sociais na campanha eleitoral 2018 pode ser impulsionada pelos candidatos, neste caso, a postagem deve ser identificada como conteúdo “Patrocinado” aos internautas. O conteúdo deve ser divulgado por meio das plataformas de mídias sociais, como o Facebook e Instagram devidamente contratadas pelos candidatos, coligações e partidos, conforme critérios da Justiça Eleitoral.
Em Mato Grosso, a Justiça Eleitoral ainda não disponibiliza informações detalhadas sobre os valores dos gastos com impulsionamentos e conteúdos de internet. O gasto aparece na prestação de contas dos candidatos dentro das despesas concentradas destinados a produção de conteúdo para programas de rádio, televisão – (na descrição dos gastos inclui os serviços prestados de marketing digital).
Nas declarações dos candidatos ao Governo, consta mais de R$ 3.378,00 milhões da despesa concentrada no setor.
O candidato ao governo Wellington Fagundes (PR) gastou com produção de conteúdo para programas de rádio, televisão mais de R$ 1,6 milhão, o que representa 54.58% de sua despesa. Em segundo lugar aparece o candidato ao Governo, Mauro Mendes (DEM), com R$ 1,1 milhão gasto com produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, o que representa 46.24% de sua despesa. Em terceiro lugar, aparece o candidato à reeleição, governador Pedro Taques (PSDB), com 32.61% da despesa aplicada para a produção programas de rádio, televisão.
O candidato Arthur Nogueira (REDE) teve 6.757% da despesa concentrada em produção de programas de rádio, televisão, o candidato aplicou R$ 900. Já o candidato Moisés Franz (PSOL), teve 0% da despesa concentrada no setor.
Segundo o professor de Pesquisa e Marketing Eleitoral da ESPM, Victor Trujillo, em entrevista à Rádio Senado, a campanha na internet permite maior participação do eleitor nos debates sem que haja grandes edições. Ele ressaltou que a campanha na internet, além de ser mais barata, também favorece os candidatos que não contam com tempo de propaganda em rádio e televisão.