O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, passou o domingo (14.10) em casa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e teve compromissos públicos.
No começo da noite, ele fez uma transmissão ao vivo pela internet, ao lado da mulher, Michele, e de duas professoras de libras -- língua brasileira de sinais. O candidato protestou contra o vídeo de um comício de Guilherme Boulos, que disputou a Presidência pelo PSOL.
"Você deve ter visto um vídeo de ontem, ou anteontem, do Boulos insuflando uma massa enorme para invadir, ocupar a minha residência. O que você faria se o Boulos e 2 mil pessoas ameaçassem invadir a sua residência? Se eu for o presidente e se o Parlamento assim entender, nós vamos tipificar como terrorismo qualquer invasão de propriedade privada”.
Bolsonaro disse que é por causa disso que vai encaminhar um projeto para facilitar a posse de armas, para que, segundo ele, cidadãos possam proteger suas propriedades.
No comício, na quarta-feira (10), na Avenida Paulista, em resposta ao público, que gritava que a casa de Jair Bolsonaro viraria ocupação, Guilherme Boulos afirmou “o MTST ocupa terreno improdutivo, e a casa do Bolsonaro não me parece uma coisa muito produtiva”. Em uma rede social, após o protesto de Bolsonaro neste domingo, Boulos disse que fez apenas uma ironia.
Deficientes físicos
Na transmissão pela internet, Bolsonaro ainda desmentiu que tenha votado contra um projeto em prol dos deficientes físicos, e acusou seus adversários de divulgarem falsidades. O candidato afirma que votou a favor do projeto, mas contra uma emenda que daria mais benefícios a deficientes LGBT.
“Nós e um monte de gente votamos contra essa inclusão, essa deformação do projeto, criando uma classe especial dentro daqueles que têm problemas de deficiência”.
Bolsonaro também rebateu críticas de que representa um perigo à democracia. “Ameaça à democracia? Nós somos ameaça aos privilégios, aos desmandos, à corrupção. Isso nós ameaçamos, ameaçamos jogar pesado contra a criminalidade que está aí, vamos valorizar nossa Polícia Federal, o trabalho do Ministério Público", disse. "Abraço, se me permite, não tenho essa liberdade, Sérgio Moro, com seu trabalho em Curitiba, parabéns. Seus colegas, tem o Marcelo Bretas aqui, e tantos outros por aí, e nós temos que, com essas pessoas de bem, se unir. Eu não pertenço mais a mim, se eu chegar lá terei uma equipe do meu lado, muita gente competente, boa patriota, que vai trabalhar para um Brasil diferente do que está aí, vamos mudar o Brasil, não teremos outra oportunidade".