O deputado estadual Baiano Filho se desfiliou do PSDB, para colaborar na coordenação da campanha ao governo do Estado de Mauro Mendes (DEM) e Otaviano Pivetta (PDT), principais opositores da reeleição do governador tucano Pedro Taques. O anúncio oficial ocorreu nesta quarta-feira (22.08), em uma coletiva à imprensa.
Segundo Baiano, a decisão foi tomada após decidir não disputar o 3º mandato na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT). “Eu não deixei de ser candidato para apoiar o Mauro, isso foi uma decisão minha, de ordem pessoal, eu vim para ajudar, eu vim por acreditar, não ocuparei nenhum cargo no governo Mauro Mendes”, declarou.
Ao ser questionado se não temeria perseguição do governador Pedro Taques, o deputado respondeu que não. Segundo ele, Taques não tem motivo para isso.
“O Pedro Taques não tem motivo para me perseguir, fui um deputado que votei todas as matérias do governo, inclusive matérias que me causaram desgaste. Lá na Assembleia tem muito disso, fala nas costas e não fala na frente, eu sou um pouco diferente, eu prefiro olho no olho. Eu torço para que o governador faça uma boa campanha, estive até aonde foi possível, tive as minhas decepções também, não consegui consolidar várias situações que foram comprometidas para a região Araraguia”, afirmou.
O deputado é um dos investigados na Operação Bereré, que detectou um esquema de propina de mais de R$ 30 milhões no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT). Sobre a investigação, Baiano afirmou que vai responder independe de ser candidato ou não.
Já o candidato Mauro Mendes, ao questionado se sente constrangido por receber apoio do ex-governador Silval Barbosa e do deputado Baiano Filho, que aparece no vídeo da delação de Silval, recebendo dinheiro supostamente de propina, disse que: “Certamente essas pessoas terão oportunidade de se defender, não sou eu o responsável em fazer esse julgamento, serão os juízes que irão conduzir o processo, ele é uma liderança e vai responder pelo o que fez e não fez, acho que ele é um líder e pode contribuir.”