A vereadora Maysa Leão (Republicanos) e o vereador Demilson Nogueira (PP), em entrevista à imprensa nessa terça-feira (23.05), relataram a situação precária em que o Restaurante Popular de Cuiabá se encontra.
Para a vereadora, o restaurante fechado indica a falta de dignidade com a população cuiabana, relatando que muitas pessoas precisam comer pegando marmita de caminhões em pé na região do Morro da Luz, embaixo do sol escaldante, sendo que no torno do local são descartados os lixos das marmitas e consequentemente acaba ficando intransitável.
Maysa Leão disse que o restaurante estava intacto e que tinha uma estrutura de qualidade com um elevador que custou cerca de R$ 88 mil, mas que os investimentos que foram realizados acabaram sendo perdidos pelo abandono do local.
“O Restaurante Popular estava intacto e em perfeito estado com estrutura de qualidade, para nós olharmos só o elevador que existia lá, custou em 2013 R$ 88 mil reais. Quanto custaria agora? Então a gente está falando de milhões de reais que foram perdidos porque foi abandonado”, destacou a vereadora.
Ela criticou a gestão municipal por alegar que a reestruturação e reconstrução do restaurante está sendo retomada, e afirmou que o local abandonado pode se tornar ambiente de crime.
“Muito fácil agora da gestão municipal dizer que está retomando a reestruturação e a reconstrução depois de deixar destruir um patrimônio que tinha coifas, que tinha fogões industriais, que tinha geladeiras, materiais, utensílios caríssimos e que se perderam. Tudo isso foram furtados e que agora é abrigo para moradores em situação de rua e que pode sim ocorrer ali um crime mais grave como um estupro”, declarou.
Já o vereador Demilson Nogueira citou que no Portal Transparência da Prefeitura é possível ver alguns gastos com as empresas que fornecem alimentos, mas que os serviços prestados são através de caminhões que andam pela região buscando pessoas em estado de vulnerabilidade, ou seja, sem ter um ponto fixo para a distribuição desses alimentos.
Ainda segundo o vereador, no portal não é possível verificar informações, como contratos em relação ao restaurante não é achado. “O que mais assusta é que ao entrar no Portal da Transparência da Prefeitura, onde você vai ver as coisas relacionadas a Secretaria de Assistência Social, você não consegue enxergar aquilo que teria que estar visível principalmente para nós. Tem um contrato onde faz pequenos reparos em CRAS, CRES e na própria secretaria, e quando você busca com relação ao restaurante popular, você não encontra nada”, relatou Demilson.
O vereador explicou que a dias atrás um cidadão abordou a vereadora Maysa chamando atenção e exigindo providências, e que ele [Demilson] disse ao cidadão que irá sugerir da Comissão de Previdência e Assistência Social, o chamamento da secretária Hellen Janayna Ferreira de Jesus na Câmara para explicar essa situação e outras que ainda estão sendo investigadas.
Demilson informou ainda que a Prefeitura de Cuiabá anteriormente tinha um contrato com a empresa SAPORE com valor de aproximadamente R$ 7 milhões. “Antes estava uma empresa chamada SAPORE com valor de acho que R$7 milhões e entrou uma outra empresa que nesse momento eu não sei precisar o nome.
Outro Lado - A reportagem do entrou em contato com a assessoria da Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos |Humanos e da Pessoa com Deficiência para falar sobre o Restaurante Popular. A pasta informou que o contato para tratar a demanda solicitada deve ser feito na Secretaria de Comunicação (SECOM), que é responsável pela pasta da Assistência Social. O entrou em contato com a SECOM, mas não houve retorno.
O segue aberto para manifestação do órgão.
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