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Cidades Terça-feira, 17 de Maio de 2022, 17:31 - A | A

Terça-feira, 17 de Maio de 2022, 17h:31 - A | A

PROCESSO DO BRT

TCE cita que implantação do VLT já não se mostrava viável e nega recurso da Prefeitura de Cuiabá

Conselheiro do TCE citou legalidade no processo de implantação do BRT

Redação VGN

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) negou nesta terça-feira (17.05) recurso da Prefeitura de Cuiabá contra a mudança de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).  

A Prefeitura da Capital alegou no pedido ausência de elementos técnicos básicos, a exemplo dos projetos básicos e executivos, para justificar a mudança do modal, pedindo assim cautelar para suspender qualquer ato administrativo relacionado ao caso.

Em julho de 2021, após pedir a manifestação do Governo de Mato Grosso, o conselheiro Valter Albano já havia rejeitado a alegação do município, que, no mês de agosto, recorreu.  

Durante sessão plenária nesta terça (17), o conselheiro Valter Albano lembrou que a implantação do novo modal é feita por Regime Diferenciado de Contratação, no qual o ônus da elaboração dos projetos básicos e executivos é da empresa contratada.  

"Portanto, tais projetos não são pré-requisitos para a tomada de decisão do gestor sobre a solução a ser atingida pela Administração, bastando os estudos preliminares, e estes foram realizados pelo Governo do Estado”, destacou o conselheiro em sua decisão.  

“Assim, nos termos dos dispositivos legais citados, os argumentos dos agravantes não se sustentam, motivo pelo qual mantenho minha decisão, não havendo necessidade de intervenção liminar deste tribunal na gestão pública, uma vez que não ficou comprovado que a forma de condução da futura contratação é ilegal ou que possa comprometer o interesse público", concluiu.  

O conselheiro Waldir Teis manifestou durante a sessão lembrando que o projeto para implantação do VLT, previsto para a Copa do Mundo de 2014, já não se mostrava viável, mas foi aprovado após acordo fraudulento na gestão do ex-governador Silval Barbosa.  

"Para viabilizar o VLT, naquela ocasião eu fiz a conta, o VLT precisaria transportar, em média, 16 milhões de passageiros por mês para cobrir os custos. Não tem gente para isso na população de Cuiabá. E a questão é a seguinte: por quanto tempo a população vai ter que suportar o subsídio do VLT? Ele não se paga, nunca", acrescentou.  

Ele ainda destacou que, atualmente, não há verba federal no projeto de implantação do novo modal de transporte de Cuiabá e Várzea Grande, uma vez que os débitos com a Caixa Econômica Federal, que viabilizou os recursos à época, já foram quitados pelo Governo do Estado em dezembro de 2021 - uma dívida de R$ 572 milhões.

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