A partir desta quinta-feira (14), servidores técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) entram em greve. A mobilização nacional busca a reestruturação das carreiras e a melhoria das condições de trabalho após tentativas fracassadas de negociação com o governo federal. Conforme determina a lei, a greve manterá 30% dos serviços essenciais em funcionamento.
A UFMT emprega mais de 1300 servidores técnicos essenciais para a administração e para a execução de uma vasta gama de atividades acadêmicas e comunitárias. "Nossa atuação é abrangente, desde a recepção da comunidade até o suporte aos laboratórios, vital para a educação e pesquisa", declarou André Faust, técnico da UFMT.
No HUJM, além de contribuírem para a assistência e a educação, os técnicos são fundamentais no atendimento ao público. Luzia Melo, coordenadora do SINTUFMT, ressalta a busca por isonomia entre as categorias, em um cenário de diferenças salariais e de benefícios agravadas pela gestão da EBSERH.
Os servidores reivindicam melhorias salariais refletindo a importância da educação pública e uma revisão no plano de carreira. Atualmente, a categoria possui uma das menores remunerações no setor público federal, com salários base que não acompanham a inflação desde 2005.
"A deterioração salarial impulsiona a evasão de profissionais, prejudicando diretamente a qualidade dos serviços prestados", acrescentou Luzia.
Durante a paralisação, as atividades essenciais na UFMT e no HUJM serão mantidas em capacidade reduzida, e as aulas teóricas prosseguirão, enquanto práticas podem ser afetadas. A paralisação também resultará no fechamento temporário de acessos à universidade e na suspensão de serviços específicos no HUJM, conforme acordos com as chefias.
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