Em Ato Público, na manhã de hoje (14.09), os servidores municipais foram às ruas de Várzea Grande, cobrar do prefeito Kalil Baracat (MDB) o pagamento do RGA e enquadramento. A manifestação começou no Terminal André Maggi, seguiu para a Câmara de Vereadores e se encerra logo mais em frente ao Paço Couto Magalhães.
Durante a manifestação, os servidores distribuíram para a população um panfleto onde estão exigindo Justiça, respeito e valorização profissional.
Eles acusam o prefeito de dar calote, e não respeitar e nem cumprir as leis de progressão dos servidores públicos de Várzea Grande.
O documento, assinado pelo Fórum Sindical de Várzea Grande, formado pelo SINTEP/VG, SIMVAG e SINPEN, traz informações de que o prefeito ganha quase R$ 40 mil, enquanto mais de 70% dos servidores públicos estão recebendo menos de um salário mínimo líquido por mês. “Salário mínimo R$ 1,1 mil – salário base dos servidores R$ 1.055,46. Com esse salário desvalorizado, o servidor não mais de nem duas cestas básicas completas de alimentação”.
Os servidores afirmam ainda que a Prefeitura teve um crescimento da receita financeira entre os anos de 2013 a 2020 no valor de R$ 166,34%. Segundo eles, enquanto isso os servidores estão tendo grandes perdas salariais, há mais de quatro anos com salários congelados. “Enquanto o prefeito Kalil não cumpre as leis de progressão e promoção de carreiras, muitos servidores vêm sendo lesados nos valores R$ 150 a R$ 2,5 mil por mês”.
Consta no documento, que Várzea Grande está entre as 100 maiores cidades do Brasil, está entre as três mais ricas do Estado e com muita “grana sobrando” em caixa, mas paga um dos piores salários para os servidores e professores entre os municípios mais pobres de Mato Grosso.
“Não aguentamos mais tanto arrocha salarial e desvalorização! A inflação está galopante. Todos os dias os produtos estão aumentando o preço (arroz, feijão, carne, gás de cozinha, conta de luz, combustível, etc). As nossas dívidas aumentando e o nosso poder de compra diminuindo, enquanto isso, o dinheiro está sobrando no caixa da Prefeitura de Várzea Grande e nós servidores, sofrendo passando por dificuldades até mesmo de se alimentar”.
“É hora de dar um basta e cobrar que o prefeito Kalil Baracat cumpra as leis e pague o que nos deve”.
Outro lado - Em nota, a Prefeitura de Várzea Grande informou que o município, assim como todos os 5.700 municípios brasileiros e os 27 Estados Brasileiros, foram socorridos pela PEC Emergencial em 2020 diante da Pandemia da Covid-19.
Estes recursos foram destinados para a Saúde e para o equilíbrio das finanças públicas decorrentes da desaceleração da economia local. Os recursos foram liberados diante da condição de não serem destinados para custeio da máquina e reposição de gastos salariais.
“As Secretarias Municipais informam ainda que o prefeito Kalil Baracat reconhece a importância do servidor público que é a mão do Poder Público Municipal que assegura os atendimentos essenciais como saúde, educação, social, obras, segurança entre outros. Foi determinado à Secretaria de Administração estudos de impacto para uma eventual Reforma Administrativa para contemplar todas as carreiras do funcionalismo público municipal de Várzea Grande”, diz nota.
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