O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, realizou transmissão ao vivo na tarde desta quinta-feira (19.03), para atualizar o boletim epidemiológico do coronavírus no Estado.
Até esta quinta, estão sendo monitorados 59 casos suspeitos de coronavírus em Mato Grosso, distribuídos em 18 municípios, sendo: Araputanga (4); Aripuanã (2); Cáceres (2); Campo Novo dos Parecis (1); Campo Verde (2); Cuiabá (28); Ipiranga do Norte (1); Juína (1); Juruena (1); Lucas do Rio Verde (2); Nova Xavantina (2); Poxoréu (1); Primavera do Leste (1); Rondonópolis (4); São José do Rio Claro (2); Sinop (1); Tangará da Serra (1); Várzea Grande (3).
Em Cuiabá, o Hospital Santa Rosa confirmou nesta quinta o segundo caso de coronavírus; uma mulher também foi diagnosticada com a doença em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). Entretanto, os três casos aguardam resultado do exame de contraprova, realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen-MT).
Segundo o secretário, a partir de hoje estão sendo realizados em Cuiabá, exames de contraprova de casos diagnosticados inicialmente em hospitais privados, bem como dos casos que são originários do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs).
O resultado desses exames, de acordo com ele, deverá ficar pronto em até 72 horas. Ele lembrou que os exames feitos no Lacen serão realizados apenas nos pacientes que apresentarem os sintomas da doença. Figueiredo declarou acreditar que já nos próximos dias seja confirmado o primeiro caso de Covid-19 no Estado e que o número de casos suspeitos aumentem.
Com isso, para dar conta de acolher a todos que necessitarem de atendimento médico em razão do coronavírus, estão sendo canceladas as cirurgias eletivas. Ainda, segundo o secretário, hospitais regionais do Estado estão sendo preparados para que tenham condições de atender os pacientes graves, que necessitarão de internação e leitos na Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
O secretário aproveitou para reiterar a importância de procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), somente àqueles pacientes que estiverem apresentando os sintomas do Covid-19, bem como a necessidade de ficar em quarentena.
“De 80% a 85% dos casos daqueles que serão infectados terão sintomas leves, muitos serão assintomáticos e terão atendimento domiciliar. O repouso em casa, a reclusão é a melhor recomendação. Sequer terão a necessidade de procurarem uma unidade básica de saúde. Porque não sendo um caso grave, ele não tem ainda problemas de ordem respiratória. Se ele for à uma UBS ele corre o risco de agravar o seu problemas, porque nessas unidades é que deverão estar a maioria das pessoas contaminadas”, explicou.
Ainda, de acordo com Gilberto Figueiredo, a expectativa é de que 85% dos casos, em média, serão leves; aproximadamente 10% serão graves e, em torno de 4,5% a 5%, serão os casos que necessitarão de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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