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Cidades Segunda-feira, 24 de Junho de 2024, 17:46 - A | A

Segunda-feira, 24 de Junho de 2024, 17h:46 - A | A

NA CARA DO PERIGO

Risco de queda de bloco em Chapada estava onde governo mandava motoristas aguardarem, diz relatório da UFMT

Documento mostra que existem mais 7 pontos de risco na estrada que foram totalmente ignorados pelo Governo estadual

Lázaro Thor e Gislaine Morais/VGN

O governo de Mato Grosso mandou motoristas que trafegavam na Rodovia MT-251 pararem em um ponto de alto risco de desabamento de blocos aguardando o “pare e siga” determinado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura durante obras emergenciais realizadas na rodovia. Ao todo, o relatório identificou mais 7 pontos de risco que foram ignorados pelo Governo estadual durante as obras emergenciais no Portão do Inferno. Veja o relatório completo no final da reportagem

A informação veio à tona em um relatório produzido por especialistas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que foi anexado no processo para autorização das obras no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O documento foi obtido pela reportagem do via Lei de Acesso à Informação.

Leia mais sobre esse assunto: ICMBio recomenda 20 alterações em projeto de obra no Portão do Inferno

O documento é assinado pelos geólogos Caiubi Emanuel Souza Kuhn e Flavia Regina Pereira Santos, pelo engenheiro civil e de Segurança do Trabalho, Renan Rodrigues Pires, e pelo geógrafo Cleberson Ribeiro De Jesuz. O relatório foi feito por meio de um convênio entre a Prefeitura de Chapada dos Guimarães e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). 

“O fluxo de veículos na MT 251 entre a Casa do Mel e a Salgadeira está sendo controlado pelo siga e pare, instalado nos dois pontos citados. Porém, cabe alertar que nas proximidades da Casa do Mel, na curva da Mata Fria, os veículos e trabalhadores ficam aguardando a liberação do fluxo em um ponto com risco de quedas de blocos”, diz trecho do relatório.

Ainda de acordo com o estudo, a estratégia do governo fez com que o risco de desastre fosse ampliado, focando apenas na região do Portão do Inferno. Além disso, também aponta risco nas viagem “de comboio”, pois reduz a capacidade de respostas dos motoristas caso ocorra a queda de algum bloco. 

“Alguns carros ficam aguardando a liberação para seguir viagens exatamente em um ponto onde pode ocorrer quedas de blocos, ou seja, o tempo em que esse veículo ficará situado em uma área de risco será superior ao tempo que ficaria caso seguisse viagem. Ao seguir viagem em comboio, com carros muito próximos um ao outro, a capacidade de resposta do motorista para parar ou acelerar o veículo fica limitada em caso de quedas de blocos, sendo assim, mais fácil um veículo ser atingido por um bloco”, diz outro trecho do documento.

Leia mais: Obra do governo no Portão do Inferno vai destruir sítio arqueológico, diz Iphan

 
 
 
 
 
 
 

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