31 de Março de 2025
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Cidades Sexta-feira, 28 de Março de 2025, 17:29 - A | A

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Abrigo Lunnar com mais de R$100 mil em dívidas suspende resgates

ONG luta para continuar oferecendo cuidado e um novo lar para animais abandonados

Arielly Barth/VGN

Conhecido em toda Cuiabá e região, o projeto Lunaar — que cuida de cães e gatos — é muito querido por diversos amantes de animais, graças ao seu trabalho de acolher, tratar e buscar lares para os pets. Fundado em 2017, o projeto precisou interromper seus resgates devido a uma dívida de aproximadamente R$ 100 mil com clínicas veterinárias parceiras.

No início, a iniciativa era dedicada exclusivamente ao cuidado dos gatos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Entre 2017 e 2020, o Lunaar cresceu, especialmente com o impacto da pandemia. O número de resgates aumentou, e o trabalho passou a ganhar reconhecimento na comunidade.

"Além dos animais acolhidos pela ONG, também ajudamos os animais comunitários, como as colônias de gatos, tanto da UFMT quanto dos bairros ao redor. Ajudamos outros protetores fornecendo ração, o que acaba beneficiando entre 400 e 500 felinos", explicou Carla Fahima, membro da diretoria do projeto.

Segundo Carla, o Lunaar realiza uma feira de adoção mensal no Shopping Pantanal. O número de adoções varia conforme a quantidade de animais disponíveis, mas, em média, são concretizadas 10 adoções por evento. "Eu sempre falo: saem 10 na adoção e chegam 30. A conta nunca fecha", brincou.

Atualmente, o maior desafio da ONG é o financeiro, o que levou à suspensão dos resgates por tempo indeterminado, devido ao acúmulo de dívidas.

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"Hoje, temos mais de R$ 100 mil em dívidas com três clínicas veterinárias em Cuiabá. Precisamos de ajuda financeira para manter o que já temos. Tivemos até que suspender os resgates, porque estamos muito endividados com as clínicas. As pessoas precisam entender que nada é de graça. O médico-veterinário presta um serviço; ele pode até cobrar um pouco menos, mas cobra. Não tem como não cobrar, né? A vantagem da ONG é só poder fazer fiado. Mas, em algum momento, temos que pagar", relatou.

Além das dívidas com as clínicas, a ONG também enfrenta despesas com a manutenção do espaço e o pagamento de funcionários, totalizando cerca de R$ 60 mil mensais. Para arrecadar fundos, a associação organiza festas e busca parcerias com empresas privadas.

“Agora, em junho, já estamos organizando novamente a festa junina, que no ano passado foi um sucesso. As pessoas tiveram uma aceitação muito boa”, revelou Carla.

Um dos resgates que mais marcaram a atuação do projeto foi o salvamento de uma matilha de 15 cães abandonados em um terreno baldio, sem comida e sem água. "Eles estavam lá havia muito tempo, e um dos cães já havia morrido. Os outros estavam se alimentando desse cachorro. Quando vimos essa situação, dissemos: ‘Cara, a gente tem que tirar eles daqui’. Mas não tínhamos onde colocá-los. Ninguém tinha um espaço, uma casa, nada para receber 15 animais de uma vez. Aí, uma voluntária falou: ‘Olha, eu tenho um imóvel que é da minha família’", relembrou.

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