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Cidades Quarta-feira, 06 de Junho de 2018, 12:50 - A | A

Quarta-feira, 06 de Junho de 2018, 12h:50 - A | A

Em Decisão

Processos aguardam sentença há mais de 2 anos, diz juiz que substitui Selma Arruda

Rojane Marta/VG Notícias

TJMT

Juiz Jorge Tadeu

Juiz da sétima Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues

Em decisão proferida no âmbito da ação penal, oriunda da “Operação Gafanhoto”, que desvendou um esquema que aplicava golpes financeiros em Mato Grosso e em outros Estados, o juiz da Sétima Vara Criminal, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, que substitui a juíza aposentada Selma Arruda, narra que se esforça para atender a demanda da Vara - e que há processos que aguardam sentença há mais de dois anos.

“Este juiz foi designado para jurisdicionar nesta unidade judiciária, em 16/04/2018 (Portaria 484/2018-PRES) e, desde então, vem desempenhando suas funções, sem medir esforços, para atender a demanda processual, inclusive com processos aguardando sentença há mais de 02 (dois) anos (Cód. 97853, 124593 e 148565, entre outros), ” diz trecho da decisão.

A juíza Selma, que comandava a Vara, se aposentou para se dedicar a carreira política. Ela é pré-candidata ao Senado Federal pelo partido PSL.

O “desabafo” do juiz ocorreu ao analisar pedido do Ministério Público do Estado para inclusão da ação penal em lista de prioridade para decisão de mérito, em face da proximidade do prazo prescricional em relação ao réu Kazuyoshi Uemura.

O magistrado deferiu o pedido do MPE. “Desta forma, levando-se em consideração o prazo prescricional que se avizinha, DEFIRO o pedido do Ministério Público e concedo a presente demanda a prioridade processual. Cientifique-se o Ministério Público. Cumpra-se esta decisão, com urgência” diz decisão.

A Ação – A ação foi proposta pelo MPE contra 30 pessoas por envolvimento no esquema, entre elas o empresário Kazuyoshi Uemura, popular Júlio Uemura.

Vale destacar, que a Operação “Gafanhoto” foi deflagrada em 2009 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que aponta que os prejuízos ultrapassam R$ 11 milhões. A ação tramita desde 2009, e, conforme pedido do Ministério Público do Estado, está preste a prescrever, caso não seja acelerado a demanda processual.

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