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"É importante proteger a pele com luvas e calçados fechados", alerta pesquisadora para pessoas que decidem enfrentar alagamento
O período de chuvas começou em Várzea Grande, sendo que nessa terça-feira (25.01) vários pontos de alagamentos foram verificados no município, e com isso, começam a surgir preocupações com doenças sazonais, entre elas, a dengue.
Apesar das recentes quedas de casos registrados ao longo dos últimos anos, especialistas alertam para a necessidade de manter cuidados pessoais e coletivos a fim de evitar uma explosão de infecções. As prevenções vão desde eliminação do mosquito vetor até o uso de roupas mais longas e de repelentes.
O Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta que as inundações e a transmissão da leptospirose, combinado com o calor constante emerge a necessidade de vigilância redobrada sobre o mosquito Aedes aegypti – transmissor de arboviroses como a dengue, chikungunya e Zika.
“Em ambientes urbanos, a principal preocupação é com a leptospirose, infecção causada pela bactéria Leptospira – presente em urinas de ratos. Com os alagamentos, a enxurrada se mistura com dejetos de bueiros e esgotos, facilitando a transmissão desse microrganismo que penetra no corpo humano por meio da pele, sobretudo, se houver algum ferimento”, alertou a Fiocruz.
A pesquisadora Ilana Balassiano, do Laboratório de Zoonoses Bacterianas, que abriga o Serviço de Referência Nacional para Leptospirose junto ao Ministério da Saúde, recomenda que nos casos de inundações ou alagamentos o de inundações “o aconselhável é evitar entrar em contato com a água da enchente, permanecendo em local seco e seguro enquanto espera a água baixar”.
“Porém, como nem sempre isso é possível, é importante proteger a pele com luvas e calçados fechados, preferencialmente botas, ou, como alternativa, sacos plásticos cobrindo partes dos pés e das pernas”, disse a pesquisadora. Quando as enchentes avançam para dentro dos domicílios é necessário realizar higienização correta desses locais.
A pesquisadora indica que, após a remoção da água, as superfícies sejam higienizadas com um pano umedecido em solução de hipoclorito de sódio (duas xícaras de chá de hipoclorito de sódio – 2-2,5% – para cada 20 litros de água).
“É um momento delicado para quem vive esse cenário, mas o ideal é que seja feito o descarte de todos os alimentos perecíveis (como verduras, legumes e frutas), pois são facilmente contaminados. Também é recomendado que sejam descartados produtos industrializados embalados em plástico ou papelão, visto que esses recipientes apresentam alto risco de perfuração”, alertou sobre os alagamentos que provocam destruição de alimentos.
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