Os médicos da rede municipal de Várzea Grande decidiram na noite de ontem (26.02), em assembleia geral, continuar em greve e não retornar aos trabalhos. A informação é da presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Queiroz, em entrevista ao VG Notícias.
De acordo com Elza, a categoria decidiu não aceitar a proposta apresentada pela Secretaria de Saúde municipal. “A categoria colocou que a proposta apresentada não está a contento para atender as demandas que a classe médica necessita para exercer suas funções no município”, declarou Elza.
Segundo ela, um dos fatores que contribuíram para que a categoria não aceitasse o acordo, foi o pagamento de janeiro – pago em atraso no último dia 20 -, que veio faltando, aumentando ainda mais a indignação dos profissionais.
“O salário de janeiro dos médicos foi pago faltando, a categoria recebeu apenas 60% do valor. O adicional de insalubridade e o adicional noturno, não foram pagos. Isso provavelmente foi cortado, que ocasionou indignação e revolta da categoria, agravando a situação e impedindo o fim da greve”, destacou a presidente do Sindimed.
Além da regularização salarial – levando em conta que o 13° será pago somente em maio -, conforme Elza, os médicos solicitam melhorias imediatas nas condições de trabalho, ou seja, reformas nas unidades de saúde e aquisição de material hospitalar.
“Isso sabemos que será difícil para o prefeito, e provavelmente deve gerar um impasse. Ele (Walace) já passou para o Sindicato que em relação às reformas nas unidades de saúde, não será possível, devido à falta de recurso, teria que recorrer ao governo federal”, explicou a sindicalista.
A categoria ainda cobra do prefeito Walace Guimarães (PMDB), reajuste do piso salarial. Eles pedem que o salário seja igualado ao de Cuiabá - R$ 2,6 mil, sendo que o de Várzea Grande hoje é de R$ 1,9 mil. Porém, o prefeito declarou ao sindicato que no momento isso não será possível, pois, primeiro precisa fazer um estudo no Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos médicos.
A presidente do Sindimed disse ainda, que a classe médica pediu para que o sindicato continuasse a manter os diálogos com a Prefeitura e a Secretaria de Saúde, negociando as reivindicações da categoria até que chegar a um acordo.
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