O juiz Marcos Faleiros da Silva, que atua na Sétima Vara Criminal, marcou para abril de 2018 as audiências de instrução, referente à ação penal que apura a morte do soldado Abinoão Soares de Oliveira, de Alagoas, durante um treinamento do 4º Curso de Tripulante Operacional Multimissão (TOM-M) ocorrido em abril de 2010, em Cuiabá.
De acordo com o despacho do magistrado, as testemunhas de acusação e defesa dos policiais acusados de participarem do treinamento "fatal", serão ouvidas no dia 18. Neste dia, estão agendados os depoimentos de Alnez Duarte de Souza, João Alberto Espinosa, Aislan Braga Moura, Hildebrando Ribeiro Amorim, Honey Alves de Oliveira, Lúcio Eli Moraes, Roberto da Silva Barbosa, Rogério Benedito de Almeida Moraes, Saulo Ramos Rodrigues, Wanker Ferreira Medeiros e Rener de Oliveira Michalski.
Um dia antes - 17 de abril -, serão ouvidos os réus: Heverton Mourett de Oliveira, Aluísio Metelo Júnior, Juliano Chiroli, Eduardo Antônio Leal Fernandes, Arnaldo Ferreira da Silva Neto, Dulcézio Darros Oliveira, Pedro Paulo Borges do Amaral, Ricardo de Almeida Mendes, Moris Fidélis Pereira, Antônio Vieira de Abreu Filho, Jonne Frank Campos da Silva.
Importante destacar que o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou criminalmente 27 pessoas pelo envolvimento no treinamento que resultou na morte de Abinoão Soares.
Na esfera civil, a Justiça determinou que o Estado indenizasse a família de Abinoão em R$ 210 mil.
Entenda - Abinoão Soares de Oliveira morreu em 24 de abril de 2010. Ele tinha vindo à Cuiabá para participar de um treinamento para Tripulante Operacional Multi-Missão, realizado pela então Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MT).
Ele passou mal depois de levar um “caldo” na lagoa onde foi feita uma atividade de resistência, na MT-351, conhecida como estrada de Manso. O soldado chegou a ser socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros e levado para o Pronto-Socorro de Cuiabá, porém, ele não resistiu e morreu. Outros três alunos também passaram mal após a atividade.
Na época, o treinamento foi realizado com objetivo qualificar os alunos para atuar em aeronaves no atendimento de ocorrências policiais. Participavam do curso 25 policiais militares e civis, e bombeiros de nove estados, com carga horária de 540 horas/aula, em dois meses e meio de duração.
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