Diante das tragédias de ataques, mortes, ameaças e inseguranças nas escolas do Brasil e do mundo, a notícia da instalação de câmeras de segurança 24 horas, portas com reconhecimento facial, alarmes e outros equipamentos de segurança nas escolas municipais e creches de Várzea Grande, significa esperança de dias melhores, segundo Paula da Silva.
Em entrevista ao 
nessa sexta-feira (08.09), Paula, mãe de um aluno da EMEB Profª Salvelina Ferreira da Silva, disse que o lugar da criança é a sala de aula, o direito ao aprendizado, mas se tornou um espaço inseguro diante de tantas tragédias, o que fez com que muitos pais temessem levar seus filhos para escola. Para ela, o sistema de segurança apresentado pela Secretaria Municipal de Educação, trará mais tranquilidade aos pais, pois terão a certeza que seus filhos, seus bens maiores estarão sendo vigiados 24 horas, um sistema que pode inibir e combater o mal.
"Não podemos mais presenciar massacres e ataques em escolas. São vidas inocentes perdidas por conta de marginais, que fazem o mal por prazer. A Prefeitura de Várzea Grande e a Secretaria de Educação com essa iniciativa nos dará segurança e tranquilidade. Deixaremos nossos filhos com a certeza que estarão seguros", declarou.
A reportagem do também conversou com a empresária Franciele, mãe de uma aluna da Escola Municipal Professora Marilce Benedita de Arruda, e ela disse que concorda plenamente com o projeto de implantação de segurança 24 horas nas escolas.
"Concordo plenamente com a decisão da gestão municipal, pois vivemos num mundo onde na nossa residência precisamos se precaver com cercas elétricas, câmeras, alarme, tanta coisa para nossa própria segurança dentro de casa. E qual que é o nosso bem maior? Nosso bem maior é o nosso filho! Se a escola não tivesse mesmo o tipo de segurança que a gente tem em casa, como ficaria? Então, uma decisão acertada dos gestores", ponderou.
Franciele defende que as câmeras devem ser instaladas por toda a escola, salas, pátios, pois para ela, vai ser a maneira de saber quando filho chegar machucado e dizer que caiu e talvez não seja o aconteceu de verdade. “Então as imagens vão mostrar se caiu sozinho, se foi empurrado. Também não podemos deixar de citar aquelas professoras que ficam estressadas na sala de aula. Então muitos incidentes vão deixar de acontecer".
Franciele relatou dois casos recorrentes que aconteceram com a filha no ano passado, e disse que teria sido evitado se já tivessem as câmeras. "Dentro da sala de aula ano passado, pegaram a mochila da minha filha e pisaram em cima. Era uma mochila de rodinha, dessas um pouco melhor, e mesmo assim arrebentou todo o material dela e entortou o cabo onde puxa. Eu questionei a professora sobre o que havia acontecido, porque minha filha também não viu, ela tinha ido ao banheiro. Aí a professora falou que não viu. Eu questionei como ela não viu e está lá para observar todos os alunos. O mesmo fato aconteceu novamente, e dessa vez precisei comprar outra mochila e os materiais, e mais uma vez a professora não tinha visto", detalhou Franciele.
Pensando na segurança da filha, a empresária foi além e declarou ser a favor da revista, pois segundo ela, em sua época sofria muito bulling entre outras coisas e nuncas ficou com problemas na cabeça. “Por que não pode revistar a mochila das crianças? Tem que revistar sim. É constrangimento? Não é constrangimento, é segurança”, concluiu a empresária Franciele.
No dia 31 de agosto, o prefeito Kalil Baracat (MDB) anunciou que pretende instalar câmeras de segurança 24 horas, portas com reconhecimento facial, alarmes e outros equipamentos de segurança nas escolas municipais, creches, ginásios esportivos [como, por exemplo, no Fiotão], miniestádios e outras unidades ligadas a Secretaria Municipal de Educação Cultura, Esporte e Lazer.
Conforme a pasta, a contratação foi para assegurar a continuidade da prestação dos serviços de vigilância, “coibindo possíveis intrusões, violações, depredações e outras ocorrências que importem em dano patrimonial”.
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