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Cidades Terça-feira, 11 de Maio de 2021, 17:29 - A | A

Terça-feira, 11 de Maio de 2021, 17h:29 - A | A

Temporário

Governo suspende 10 leitos de UTI em Sinop; técnica de enfermagem se revolta

"O que devíamos estar fazendo é ampliar ainda mais e não fechando leitos de UTI", disse responsável técnica por leitos em Sinop

Lucione Nazareth/VGN

Mayke Toscano/Secom

vgnotícias_Hospital Regional de Sinop

 "O que devíamos estar fazendo é ampliar ainda mais e não fechando leitos de UTI", disse responsável técnica por leitos em Sinop 

 

 

O Governo do Estado suspendeu, temporariamente, o funcionamento de 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Sinop (a 503 km de Cuiabá), devido o não cumprimento de normas e requisitos técnicos por parte do prestador do serviço, a Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI). Os leitos estavam vinculados junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme relatou ao VGN a responsável técnica de enfermagem por leito de UTI do Hospital Regional de Sinop, Ana Regina Garbossa.   . 

Ao VGN, Ana Regina disse que nessa segunda-feira (10.05), a direção do hospital informou o fechamento dos 10 leitos de UTI que eram administrados pela OGTI  e com isso, os pacientes que estão nestes leitos desativados, serão remanejados para os 20 leitos restantes do Hospital Regional, mas quando existir vagas.

Veja Também - Governo autoriza abertura de novos leitos em MT para atendimento de pacientes com Covid-19

“Esses 10 pacientes serão remanejados para as 20 vagas que sobraram. Quando existir vaga! O resto da população que precisar não terá vagas, até que esses leitos sejam remanejados. A população vai ficar completamente desassistida de leitos de UTI aqui no hospital, até que esses 10 leitos sejam remanejados”, contou. Veja o posicionamento do Governo no final da matéria.

Ana Regina afirmou ao VGN que até o momento ninguém da empresa e nem da direção do hospital informou sobre os motivos do fechamento. “Eles não deram nenhuma justificativa. Só falam que é uma ordem judicial e que é para fechar os leitos. A gente não sabe o que vai falar para os funcionários e nem o que explicar para a população. Porque tem muitas pessoas de fora questionando. A região teve muita dificuldade de abrir uma terceira UTI, que foi aberta agora há um mês e meio, e simplesmente não conseguimos entender, com a gravidade dos casos que estão tendo, o porque será fechado os 10 leitos”, declarou.

Conforme ela, a desativação dos leitos deixará “desamparados de atendimento para Covid-19” outros 14 municípios – alguns não dispõem de leitos de UTI e outros têm número limitados de vagas. Os municípios são: Cláudia, União do Sul, Vera, Colíder, Tangará da Serra, Nova Mutum, Alta Floresta, Lucas do Rio Verde, Sorriso, entre outros.

“Sabemos que está vindo uma terceira onda de Covid. O que devíamos fazer é ampliar ainda mais e não fechar leitos de UTI. Ficaram 20 leitos para suprir 14 municípios e mais Sinop. Se alguém precisar de uma UTI hoje na região ele não irá ter. Não tem leito”, enfatizou.

Ao final, ela disse que a medida além de limitar o atendimento de pacientes ainda irá colocar cerca de 50 pessoas, entre médicos, enfermeiros e outros profissionais, na fila do desemprego. “Tenho profissional desde o início da pandemia e que não desistiram. Tenho profissional da enfermagem que só depende disso. Tem mãe que são solteiras e que só depende daqui. Além de a gente ficar sem leitos de UTI, ainda terá 50 pessoas desempregadas”, finalizou ao cobrar solução para o problema.

Outro Lado - Ao VGN, a assessoria de impresa da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) informou que suspensão temporária dos 10 leitos de UTI "se deve ao não cumprimento de normas e requisitos técnicos por parte do prestador do serviço".

"A gestão estadual trabalha em uma nova licitação, para que o funcionamento destes leitos seja retomado após a contratação de uma nova empresa, que preencha todos os requisitos necessários", diz trecho extraído da nota.

A empresa OGTI também encaminhou nota falando sobre o caso - confira no final da matéria 

Nota da SES/MT 

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) esclarece que a suspensão temporária de 10 leitos de UTI no Hospital Regional de Sinop se deve ao não cumprimento de normas e requisitos técnicos por parte do prestador do serviço. A gestão estadual trabalha em uma nova licitação, para que o funcionamento destes leitos seja retomado após a contratação de uma nova empresa, que preencha todos os requisitos necessários.

A SES também está empenhada na disponibilização de 20 novos leitos de UTI Covid-19 para as regionais Telespires e Norte, sendo 10 leitos intensivos no Hospital Regional de Sorriso e 10 no Hospital Regional de Colíder.

Nota empresa OGTI

Nota de Esclarecimento

A Supremecare, filial mato-grossense da OGTI, destaca que foi surpreendida nesta terça-feira (11.05) com a proibição de novas internações nos leitos de U.T.I. sob sua responsabilidade no Hospital Regional de Sinop. Sendo assim:

Não há nenhuma manifestação da contratante, Secretaria de Estado de Saúde, e nem do Hospital Regional de Sinop Jorge de Abreu, quanto ao não cumprimento de quaisquer requisitos básicos para atividade de gerenciamento da U.T.I. Covid.

 Dentre os atestados de capacidade técnica apresentados pela empresa, vários foram devidamente emitidos por hospitais regionais públicos mantidos pela própria Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso.

Sendo assim, os requisitos técnicos são devidamente cumpridos pela Supremecare, pelos mais de 50 profissionais que durante um ano enfrentaram a pandemia, sempre focados na plena recuperação dos pacientes.

A Supremecare entende como inexplicável a atual situação e buscará todos os meios possíveis para manter o pleno atendimento a população de Sinop e região.

 
 

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