O Governo do Estado assume a partir desta terça-feira (01.09) a administração de sete unidades do Ganha Tempo, em Mato Grosso. A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) será a responsável pelos atendimentos por 90 dias.
“A Seplag passa a assumir as atividades de sete unidades do Ganha Tempo. O Estado vai preparar um plano de ação, para que a população não tenha prejuízo algum prestado nessas unidades. Sabemos que diversos serviços públicos são prestados quase que unicamente dentro das unidades, o Governo não poderia se furtar de manter uma ação firme e responsável no sentido da manutenção desses serviços”, afirmou o secretário da Seplag, Basílio Bezerra Guimarães.
Ainda de acordo com o gestor, seguem normais os atendimentos das unidades parceiras, como Politec, Sine, INSS, e dos prestadores de serviço, que são tercerizados da própria empresa. “A gente está avaliando essa situação, nossa equipe está reunida para traçar a forma como que a administração vai atuar. Sobre o sistema (do Consórcio Rio Verde) será feito uma análise minuciosa, o que tem que ficar claro que o Estado vai manter a prestação do serviço que vinha ocorrendo, antes do afastamento dessa empresa”, garantiu.
A decisão foi tomada após a deflagração da “Operação Tempo é Dinheiro”, que apura fraudes nas unidades, administrado pela Consórcio Rio Verde Ganha Tempo. Conforme as investigações, a suspeita é de que a fraude funcionava por meio da emissão de senhas, sem necessariamente o Ganha Tempo prestar o serviço. O cadastro da senha é usado como base pelo Governo do Estado para pagar pelos serviços prestados.
A suspeita é que milhões podem ter sido desviados pelo suposto esquema de senhas fraudulentas. “Já havia processos de fiscalização muito sólidos dentro da Controladoria Geral do Estado (CGE) e da própria Secretaria de Planejamento. Nós por nossa vez fizemos diligências policiais ali para verificar aqueles apontamentos, encontramos indícios daquilo que já vinha sido noticiado amplamente na imprensa de que havia possivelmente uma fabricação de atendimentos por essas unidades, a remuneração desse contrato é feita, grande parte, num valor de pagamento por atendimento específico, hoje o escopo dessa operação foi cessar esse prejuízo, que vinha ocorrendo no Estado, mês a mês”, apontou o delegado responsável pela operação.
Ainda segundo a força tarefa: “Foram cumpridos mandados de buscas, afastamento de alguns gestores e bloqueio de alguns valores, compatível ao prejuízo calculado tanto pela Seplag, pela CGE, daquilo que se pode apurar. A real dimensão vai ser apurada daqui para frente, com a ocupação provisória que a gente fez. A investigação continua e obviamente vai ser deflagrada uma grande parte dela, não estamos aqui fazendo adiantamento, a gente vai terminar e apurar esses fatos.”.
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