O secretário de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo de Barros, em entrevista ao nessa quarta-feira (08.03), explicou que a sobrecarga da saúde em Várzea Grande é resultado dos problemas na Saúde de Cuiabá.
Ele explica que a logística é pensada na população várzea-grandense, mas existe uma demanda muito grande de pacientes da Capital, e também de uma parte do interior do Estado, resultante em um atendimento lento e demorado.
“O problema não foi falta de médico, e sim porque a demanda de pacientes acaba sendo muito grande, devido aos problemas que vem acontecendo em Cuiabá, assim como parte do interior do Estado. Temos uma população de 315 mil habitantes, e estamos preparados para atender essa quantidade. Mas o SUS é universal, temos que atender primeiro, e depois perguntar de onde a pessoa vem. Esse problema na saúde trouxe e está nos trazendo transtorno, mas não há falta de médicos e nem de medicamentos, basta você verificar as nossas UPAs e nossos Prontos-Socorros”, informou.
Janaína, moradora do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, relatou ao a superlotação confirmada pelo secretário. Ela conta que ficou mais de 3 horas esperando para ser atendida na UPA Cristo Rei. “Estou a mais de 3 horas na UPA do Cristo Rei aguardando para fazer a ficha, mas até agora nada de atendimento”, contou.
Um vídeo feito por Janaína mostra pacientes em pé, e alguns até sentados no chão da UPA, esperando para serem atendidos pela unidade. Veja:
O secretário contou que esteve em reunião com os secretários de saúde de Cuiabá e do Estado, Guilherme Salomão e Gilberto de Figueiredo, onde discutiram, principalmente, sobre esta sobrecarga nas unidades de saúde.
Ele explica que é obrigatório que a Federação, o Estado e o município estejam em alinhamento para tratar da saúde e trabalhar em conjunto nas políticas públicas, porque a população não pode ser submetida a uma briga partidária e esperar que resolvam as pendências.
“Foi uma reunião importante. Sabemos que a saúde é de responsabilidade Federal, Estadual e municipal, então precisamos de um alinhamento, não em questão partidária e ideológica, mas sim nas políticas públicas, porque a saúde não pode esperar que se resolva pendências políticas. O povo não pode ser submetido a isso”, afirmou.
Quanto a intervenção na saúde de Cuiabá, Gonçalo diz que a população não quer saber se é justo ou não, mas sim que se resolva de uma vez. Ele afirma que a Justiça precisa estar do lado da população e escolher a opção favorável para o fim do problema.
“Acredito que a Justiça tenha que ter uma decisão que seja favorável para a população, e não cabe a nós dizer ser justa ou não. Precisamos é que resolva de uma vez por todas, com ou sem intervenção”, pontuou.
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