O advogado Levi Machado ingressou com recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, requerendo liminarmente a suspensão da decisão da juíza da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular, Célia Regina Vidotti, que determinou o bloqueio de seus bens, no valor de até R$ 15,8 milhões, relacionado ao esquema de desvio de dinheiro na desapropriação do bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. A decisão faz parte da 4ª fase da “Operação Sodoma”.
Ao oticias, o advogado afirmou que a inserção de seu nome como réu na Ação de Improbidade Administrativa, por ter sido um dos beneficiados com os mais de R$ 15,8 milhões desviados, é um “equívoco” do Ministério Público e que ele se sente muito prejudicado ao ser incluído como réu no processo.
“Nesse processo de desapropriação da área do Jardim Liberdade eu atuei como advogado, para meu cliente Antônio Rodrigues de Carvalho. Não cometi crime. Estou sendo processado por exercer a função de advogado. O que aconteceu é que meu cliente não teria como usar o nome da empresa para receber o dinheiro da desapropriação e eu emprestei o meu, como conta bancária. Eu pegava o dinheiro repassava para o empresário Filinto Muller”, disse.
O empresário Filinto Muller é apontando, pela denúncia do MP, como a pessoa responsável por lavar dinheiro da suposta organização criminosa chefiada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), na desapropriação da área do Jardim Liberdade.
Conforme Levi Machado, ele ainda não foi notificado da decisão do bloqueio judicial, mas ingressou com pedido para não ser “lesado financeiramente” por algo que ele afirma não ter cometido.
Vale lembrar, que além do advogado, tiveram bens bloqueados o ex-governador Silval Barbosa, os ex-secretários Pedro Nadaf (Casa Civil), Marcel de Cursi (Fazenda), Arnaldo Alves (Planejamento), o procurador aposentado Chico Lima, o ex-chefe de gabinete Sílvio Cézar Corrêa Araújo, os empresários Filinto Muller, Alan Malouf, e o jornalista Antônio Carlos Milas.
“Não fui beneficiado de nenhuma forma desse esquema. Esse foi um erro do Ministério Público. Vou me defender dentro do processo e mostrar que não recebi nada, a não ser aquilo que como advogado tratei com meu cliente. Atuei como advogado e recebi pelo trabalho que exerci como advogado”, finalizou Levi.
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