As obras de reconstrução da cabeceira da ponte Benedito de Figueiredo, sobre o rio Coxipó, localizada entre os bairros Coophema e Praeirinho, em Cuiabá, serão reiniciadas esta semana. Após o processo licitatório de caráter emergencial realizado pela Secretaria de Estado das Cidades (Secid-MT), a empresa Conenge Construção Civil LTDA será responsável pela retomada e conclusão dos trabalhos no prazo de 90 dias, ao custo de R$ 514,4 mil.
O processo emergencial de licitação previsto na lei 8.666/93 foi possível após a Defesa Civil de Cuiabá decretar situação de emergência no local, em dezembro do ano passado. O contrato e a ordem de serviço para a volta dos trabalhos foram assinados na manhã desta terça-feira (02.01), na sede da Secid-MT. Entre os itens previstos na obra estão a estabilização da margem esquerda da cabeceira da ponte com a utilização de gabiões caixa (tipo de estrutura armada, flexível, drenante e de grande durabilidade e resistência) e o reaterro compactado da área.
De acordo o secretário da Secid, Wilson Santos, a obra é urgente e faz parte do conjunto de prioridade do Governo de Mato Grosso. “O governo tem urgência em reiniciá-la e devolver à sociedade o tráfego sobre essa ponte. Fizemos um processo licitatório sumário, após o decreto de emergência da prefeitura. A empresa escolhida foi a Conenge, a mesma que resolveu os problemas de alagamento na Avenida Fernando Corrêa, nas proximidades do Viaduto Jornalista Clóvis Roberto (da UFMT). Dentro de 90 dias os trabalhos serão concluídos no local”, explicou o chefe da pasta.
Entenda
Em fevereiro de 2017, a ponte foi interditada pela primeira vez devido ao desmoronamento de parte da margem esquerda da estrutura. O problema deveu-se à mudança no curso do rio Coxipó, que corta o local. Os reparos emergenciais foram feitos pela Prefeitura Municipal de Cuiabá com base em projetos elaborados pela Secid-MT.
Após processo licitatório para obras que resolveriam totalmente o problema, a empresa A.I Fernandes Serviços de Engenharia iniciou os trabalhos. Terminado o prazo de 90 dias estabelecido para a conclusão total da obra, apenas 33% dos serviços foram executados, mesmo diante das notificações da equipe de fiscalização da pasta. Devido ao não cumprimento do cronograma de obra e de outras cláusulas contratuais, a secretaria rompeu o contrato com construtora unilateralmente.
Após o reinício do período chuvoso, novos desmoronamentos ocorreram no local. A Defesa Civil de Cuiabá decretou situação de emergência e uma nova interdição total da Benedito de Figueiredo em dezembro de 2017.
A empresa A.I Fernandes foi contratada ao custo de R$ 626,3 mil, porém só recebeu R$ 209 mil pelos serviços executados. Agora, a nova empresa que dará continuidade nos trabalhos, a Conenge, realizará a obra por R$ 514,4 mil.
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