Os deputados eleitos de Mato Grosso já estão divergindo sobre a taxação do agronegócio em Mato Grosso, discutida em audiência pública, nessa quinta-feira (29.11), em Cuiabá.
O novato Xuxu Dal Molin (PSC) em entrevista ao oticias se posicionou contrário a taxação e garantiu que no fim, quem paga é o cidadão.
“Sempre é assim, quando você fala vamos taxar o agronegócio, igual criaram com o FEF (Fundo Emergencial), quem pagou a conta foi a dona de casa comprando um frango mais caro, aumenta o valor da comida pro povo, para manter os privilégios e o sistema político que está aí”, afirmou.
Segundo ele, a população deu recado nas urnas pedindo gestores mais eficientes e mudanças no sistema público. “As pessoas nessa última eleição votaram para que todos os novos gestores se comprometam com uma gestão mais eficiente, combater a corrupção, acabar com os privilégios, discutir e acabar com o fim da sonegação é muito importante para aumentar a arrecadação para depois discutir, não o aumento dos impostos, mas a diminuição”.
Já o deputado eleito Lúdio Cabral (PT) se mostra favorável a taxação e é enfático. “População de Mato Grosso não come soja, quem come soja são os porcos que vão pra China”. E complementa: “A população de Mato Grosso precisa da agricultura familiar fortalecida, dos serviços públicos, da educação de qualidade, saúde, não tem sentido nosso Estado dar renúncia fiscal para agrotóxico, e ter um ICMS alto pra remédio, é uma contradição, precisamos revê-la, aliás, precisamos de uma reforma tributária, para aliviar quem paga muito no Estado hoje, que é o pequeno comércio, a população que pagar ICMS altíssimo, e para responsabilizar o setor da economia que precisa contribuir, que contribui muito pouco”, explica.
Informado sobre o posicionamento de Cabral, Dal Molin garantiu que o colega de parlamento está mal informado. “Acho que ele não está bem informado, soja e milho são os principais itens para fazer a ração para o suíno, para o frango, para o boi, então, quando você planta soja, você está produzindo carne para alimentar as pessoas, então, soja é muito importante pra nossa economia, porque além de gerar alimentos, gera emprego, então é uma questão que não foi discutir o teor, mas acho que é falta de informação”, finalizou.
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