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Cidades Terça-feira, 23 de Fevereiro de 2021, 13:52 - A | A

Terça-feira, 23 de Fevereiro de 2021, 13h:52 - A | A

Urgente

Delegado cobra concurso público para suprir vacância na Polícia Civil

Gislaine Morais/VG Notícias

O delegado-geral da Polícia Judiciária Civil, Mário Demerval afirmou em entrevista ao oticias No Ar, nesta terça-feira (23.02), que está em fase de finalização um estudo para apresentar ao governador Mauro Mendes (DEM) sobre a necessidade de realização de um novo concurso público para investigadores e escrivães em Mato Grosso. O estudo, segundo ele, irá reiterar os diversos ofícios sobre a necessidade do concurso, já encaminhados ao Governo do Estado, tanto nas gestões anteriores, como na atual.

De acordo com o delegado, a Instituição não tem nenhum curso válido para investigadores e escrivães. Já para delegados sim, no entanto já foram nomeadas duas turmas, mas a Instituição espera nomear outras no decorrer de 2021 e 2022 para fechar as lacunas, dos servidores que foram aposentados. “Precisamos que retornem essas nomeações, para suprir as vacâncias. Pelo menos para que possamos fechar essas lacunas, que ficaram com as aposentadorias”, declarou.

Segundo Demerval, um novo concurso para investigadores e escrivães, levaria dois anos para ser finalizado, contando da data de elaboração do edital, contratação da empresa que faria o concurso, assim como a passagem por todas as fases, recursos e a academia. Ressaltando que até lá, as turmas que tomaram posse em 2001, 2002 e 2003 estariam fechando seus 20 anos, e a instituição correria o risco de ficar com a categoria defasada, no caso de muitos deles optarem pela aposentadoria.

Então Demerval enfatizou que a Instituição não pode esperar o fechamento dessas turmas, para a realização de um novo concurso, pois pode não dar tempo. Assim como frisou a necessidade do chamamento dos delegados que aguardam suas nomeações. “A formalização e a realização deste concurso deve acontecer o quanto antes”, disse ele. O delegado explicou que hoje a Polícia Civil conta com 237 delegados trabalhando. Lembrando que até o mês passado eram 240, mas em decorrência das aposentadorias a Instituição perdeu três delegados. Já investigadores e escrivães, têm um pouco mais, mas ainda necessita de novos servidores, segundo Demerval.

Mário disse ainda que nove delegados já trabalham com o tempo válido de aposentadoria, mas eles permanecem recebendo um abono, então para o delegado-geral se esses noves servidores saíssem, seria um enorme prejuízo para a Polícia Civil. “Já temos uma vacância de 27 delegados, que se aposentaram devido ao tempo de serviço prestado. Então nós já temos um prejuízo muito grande”.

Segundo Demerval, alguns municípios de Mato Grosso, necessitam de um profissional delegado, pois seu trabalho é imprescindível. Resende citou Várzea Grande, como uma das cidades que estão necessitando desses profissionais, além de precisar também de policiais civis. Ele explicou que todos os delegados e policiais novos que ingressam são lotados no interior, e alguns do interior vêm para Capital e Várzea Grande.

“Então estamos tentando trabalhar essa situação, otimizando a quantidade de servidores por regional. Acreditamos que pouquíssimas cidades hoje sofrem com a carência de delegados, mas existem algumas que necessitam, assim como Aripuanã, que a delegada passou em outro concurso, e o cargo não foi substituído, e o mesmo ocorreu em Nova Bandeirantes”.

Demerval disse que algumas delegacias hoje necessitam de mais de um profissional no local. Dando exemplo, da Delegacia de Estelionato que a Instituição pretende lotar três delegados, assim como na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, com pelo menos dois delegados.

“E não adianta por si só, somente os delegados constituírem a Unidade, nós precisamos de policiais, pois nós não temos um corpo disponível de policiais para que possamos alimentar essas novas Unidades. Daí a necessidade do concurso público, e a nomeação dos delegados remanescentes”, concluiu o delegado-geral.

Já em relação às manifestações feitas pelos advogados, por intermédio da OAB/MT, pelos fechamentos de algumas unidades, Mário explicou que no interior foram fechadas de 16 unidades em decorrência da queda de efetivos. “Cidades pequenas. Algumas delas, sequer poderiam ter sido abertas, mas foram politicamente abertas, e outras que realmente não eram mais passíveis de funcionarem com qualidade, tendo em vista a carência de policiais”, justificou Mário Demerval.

A respeito da manifestação específica em Várzea Grande, ele contou que o primeiro fechamento improvisado foi da Central de Flagrantes, após um surto da Covid-19 no local. Em seguida o fechamento da Delegacia da Mulher, também foi por conta do número expressivo de servidores que testaram positivo para a doença.

Os serviços foram suspensos, e o local já passou por uma desinfecção, assim como os serviços estão voltando aos poucos. “Infelizmente perdemos uma colega lotada na Unidade para a Covid-19”, declarou.

 

 

 

 
 

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